O Ministério da Saúde lançou o Plano Nacional pelo Fim da Tuberculose, que reafirma o compromisso com a Organização Mundial da Saúde (OMS) de reduzir a incidência da doença na população planetária.
A tuberculose é uma patologia infecciosa que afeta prioritariamente os pulmões. E pode atingir ainda outros órgãos, como cérebro, intestino e olhos. Mas a boa notícia é que a tuberculose tem cura. O tratamento é gratuito e está disponível pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Dura seis meses e está composto por quatro medicamentos. A transmissão da enfermidade se dá de pessoa para pessoa quando gotículas expelidas por tosse, espirro ou fala de quem está contaminado são inaladas por alguém sem a doença por meio das vias respiratórias.
A meta para a tuberculose estabelece menos de dez casos por cem mil habitantes. Atualmente, no planeta, ocorrem 33,7 casos a cada cem mil pessoas.
No Brasil, o pacto assumido com a OMS diz respeito ao coeficiente de mortalidade para menos de um óbito por cem mil habitantes. E mais: o documento brasileiro traça estratégias para acabar com esse problema de saúde pública no País até 2035.
Prefeitura trabalha com alerta sobre a adesão adequada à medicação
Em Novo Hamburgo, neste ano, foram contabilizados 36 diagnósticos de tuberculose, sendo que um teve mudança de análise. Ou seja, são 35 casos confirmados até o momento. Desse número, de sete óbitos que seriam relacionados à doença, apenas uma morte teve a causa confirmada como sendo de fato por tuberculose. São 16 pacientes curados, três transferidos e nove não foram mais encontrados, apesar das repetidas tentativas da Secretaria Municipal de Saúde em localizar essas pessoas que abandonaram a terapia com medicamentos.
Além de buscar a elevação do potencial de cura da doença por meio da adesão adequada aos métodos de tratamento, um dos grandes desafios na luta contra a tuberculose diz respeito à redução do coeficiente de abandono do tratamento.
A Secretaria Municipal de Saúde trabalha com aconselhamentos sobre a medicação e a adequação dos horários à rotina do paciente. “A tuberculose apresenta uma taxa de mortalidade elevada se não tratada”, alerta o secretário municipal de Saúde, Dr. Antônio Fagan. “Mas quando diagnosticada precocemente e tratada da forma correta, a tuberculose é curável.”
Crianças devem ser imunizadas com a vacina BCG
Para as crianças, a imunização via BCG é feita em dose única e no primeiro mês de vida. A vacina está disponível gratuitamente na rede pública e é indicada para se evitar o contágio pela enfermidade. E a imunização pela BCG fornece proteção, principalmente, contra as formas graves da doença, como meningite tuberculosa e tuberculose miliar.
O Rio Grande do Sul em números
Conforme dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES), ao contrário do que ocorre nos últimos dez anos no Brasil, onde o número de casos de tuberculose está em queda, no RS, a taxa de incidência permanece em torno de 40-45 casos para cem mil habitantes desde o ano de 2005.
Em 2016, a taxa de incidência foi de 41 casos por 100 mil habitantes, enquanto no Brasil esse índice é de 32,4 casos/100 mil. Nos últimos três anos, foram notificados em torno de 5 mil casos novos por ano da doença no Estado.
De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES), Novo Hamburgo é um dos 15 municípios gaúchos prioritários no enfrentamento à doença. “A Secretaria Estadual de Saúde realiza diversas ações para o controle da tuberculose, mas a doença ainda se faz presente entre nós”, destaca o Dr. Fagan. “A diminuição significativa de novos casos, eu friso mais uma vez, está embasada no diagnóstico precoce e na adesão completa ao tratamento.”
Atenção deve ser redobrada aos sintomas:
– Tosse por mais de duas semanas
– Presença de secreção ao tossir
– Falta de apetite
– Cansaço intenso
Ao apresentar os sintomas, procure imediatamente o posto de saúde mais próximo de você.