De acordo com o secretário estadual da Saúde, Osmar Terra, o Estado deve receber o maior percentual de doses, possibilitando a imunização de toda a população de risco até o próximo inverno.
Ao apresentar a atualização sobre os dados epidemiológicos no Rio Grande do Sul, na última segunda-feira, o secretário estadual da Saúde, Osmar Terra, declarou que “o pior da gripe A H1N1 já passou, a epidemia está em declínio sustentável em todo o Rio Grande do Sul”. Contudo, ele alertou que pode acontecer uma segunda onda da doença, dentro de 2 a 4 meses, e por este motivo, a estrutura montada para enfrentar a primeira fase da nova gripe será mantida.
“Não vamos desmobilizar nada, apenas alguns serviços, como tendas e conteiners instalados junto aos hospitais e o “Disque Gestante” serão reduzidos por falta de demanda. Neste caso, as ligações serão direcionadas para o número 150 ( Vigilância em Saúde).
Terra também informou que o Ministério da Saúde deverá investir cerca de R$ 1,3 bilhão na compra de vacinas contra o vírus H1N1. Ele acredita que o RS deverá receber o maior percentual de doses, possibilitando a imunização de toda a população de risco até o próximo inverno. O Estado, em função das condições climáticas, sempre registra o maior número de óbitos do país por doenças respiratórias ( pneumonia, gripe). Em 2007, por exemplo, foram registradas 8.900 mortes.
O titular da SES/RS anunciou que está sendo finalizada uma parceria entre Ministério da Saúde, Universidades e Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz) para a criação , no Rio Grande do Sul, de um Centro de Pesquisa e Acompanhamento da Influenza em todo o país. Sobre a experiência de enfrentamento da doença, Osmar Terra, destacou a mudança cultural da população, que passou a valorizar cuidados básicos de higiene , como lavar as mãos. Hábitos que ajudaram a diminuir a intensidade da doença neste primeiro ciclo.
No Rio Grande do Sul, foram notificados 5.619 casos de Influenza A H1N1, 893 foram confirmados e 441 descartados. Permanecem em investigação, 4285 casos. Foram confirmados 99 óbitos e 162 estão em investigação. De acordo com Osmar Terra, as estimativas indicam que, neste primeiro ciclo, serão confirmados de 250 a 300 óbitos, representando uma taxa de mortalidade de 2%.
Informações da Secretaria Estadual de Saúde RS