Renda da população preta ou parda cresceu 51,4% de 2003 até 2013, a dos brancos, 27,8%, aponta pesquisa feita pelo IBGE.
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A renda da população preta ou parda cresceu 51,4% de 2003 até 2013. Mesmo que este número tenha sido superior comparado com a da população branca (27,8%), a renda dos negros ainda soma apenas 57,4% da dos brancos.
Informações divulgadas nesta quinta-feira, dia 30, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE indicam que esta diferença é maior do que há 10 anos, quando o ganho era de 48,4%. Nesse período, a renda média geral subiu 29,6%.
Enquanto a população de cor branca teve rendimento médio de R$ 2.396,74 em 2013, a população preta e parda recebeu em média R$ 1.374,79 por mês. O valor médio para toda a população das seis regiões metropolitanas pesquisadas no ano passado foi de R$ 1.929,03
“Melhorias têm ocorrido, mas a diferença ainda é muito importante. A melhoria pode ser atribuida a questões como escolaridade da população como um todo que vem aumentando, permitindo que as pessoas obtenham empregos com maiores rendimentos”, explicou a técnica da Coordenação de Emprego e Renda do IBGE, Adriana Araújo Beringuy.
A taxa de desemprego da população preta e parda foi maior do que a da população branca no ano passado. Enquanto o primeiro grupo partiu de uma taxa de 14,7% em 2003 para uma de 6,4% em 2013, ado segundo grupo saiu de 10,6% para 4,5%.
HOMENS X MULHERES – Mesmo que a diferença entre a renda de homens e mulheres tenha sido reduzida, ela existe. Trabalhadores do sexo feminino ganharam, em média, o equivalente a 73,6% do que os do sexo masculino receberam em 2013. Em 2003, o percentual era de 70,8%. O rendimento real mensal médio das mulheres em 2013 foi de R$ 1.614,95, enquanto o dos homens foi de R$ 2.195,30.
A taxa de desocupação também é maior entre as mulheres do que entre os homens, com 6,6% contra 4,4%. No início da pesquisa, a taxa para as mulheres era de 15,2%, e, a para os homens, de 10,1%. A maior taxa de desemprego é verificada entre as mulheres negras, 7,9% em 2013, em 2003 era de 18,2%. As mulheres brancas têm a segunda maior, de 5,4%, e os homens negros, de 5,1%. A dos homens brancos, que era de 8,6% em 2003, caiu para 3,8% em 2013.
O uso dos termos preto e pardo, empregados pela matéria, respeita as categorias originais usadas na pesquisa pelo IBGE.
Informações de Agência Brasil
FOTO: ilustrativa / ebony.com