As forças de segurança do Rio Grande do Sul realizaram nesta sexta-feira (16) mais uma transferência de detentos. Dez presos foram retirados de quatro casas prisionais e encaminhados para a Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc) e para a Penitenciária Estadual de Canoas (Pecan).
A operação da Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) ocorreu um dia depois que outros 13 detentos foram removidos para três penitenciárias federais em outros Estados. Todos eles — das duas ações — são apontados pela polícia como líderes de facções e envolvidos na guerra do tráfico que deixou 29 pessoas mortas em toda região Metropolitana, 6 só em Novo Hamburgo.
Seis transferidos nesta sexta são de uma facção que tem base no Vale do Sinos e quatro de outra, que tem base na Vila Cruzeiro, zona sul de Porto Alegre.
A medida já era planejada pelo governo há vários dias, após a confirmação de que integrantes de duas organizações criminosas tinham ligação com a mais recente onda de violência na Capital. De acordo com o Departamento de Homicídios, os motivos foram dívidas entre os grupos e disputa de territórios do tráfico de drogas. De acordo com o secretário de Justiça e Sistemas Penal e Socioeducativo, Mauro Hauschild, a operação é uma continuidade do trabalho realizado na quinta-feira (15). A movimentação é realizada com equipes de segurança reforçadas, tanto na remoção quanto no interior das casas prisionais envolvidas.
“Cumprimos com mais uma etapa desse trabalho que busca a redução dos índices de criminalidade, garantindo mais paz e tranquilidade para a sociedade gaúcha”, diz Hauschild. Os presos estavam na Penitenciária Estadual de Porto Alegre, no Presídio Central, na Penitenciária Modulada de Charqueadas e na própria Pasc, de onde pelo menos um detento foi realocado para a Pecan. Todos estão agora em um setor de regime diferenciado.
O detento levado a PECAN é um traficante hamburguense que é apontado pelo estado como mandante do início dos confrontos. Ele está preso há alguns anos, segundo a polícia. Lá, deve ficar sem contato com o meio externo.