Objetivo é conter o avanço do crédito. Na prática, medidas significam aumento de juros e maior dificuldade de fazer medidas caberem no bolso.
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Medidas anunciadas na última sexta-feira, dia 03, pelo Banco Central, vão tornar os financiamentos mais caros e reduzir prazos de pagamento, tornando mais difícil aos clientes fazer as prestações caberem no bolso.
A intenção é conter o avanço descontrolado do crédito que, além de elevar o risco para o funcionamento de todo o Sistema Financeiro Nacional – SFN com o aumento dos calotes, ainda açoita os preços na economia, dificultando o controle da inflação.
O presidente do BC, Henrique Meirelles (foto), argumentou que as mudanças são prudenciais e que não restringem crédito a ninguém. Mas, na prática, elas significarão mais juros, uma vez que vão impor mais custo ao crédito e extinguir os parcelamentos bancários de longo prazo, acima de 72 prestações — modalidade de pagamento que se tornou bastante popular no financiamento de veículos.
As resoluções publicadas fazem parte de uma espécie de arrumação da casa que a autoridade monetária está realizando, após a constatação de problemas contábeis em algumas instituições — particularmente após o rombo de R$ 2,5 bilhões no Banco PanAmericano.
A principal medida foi a elevação dos recolhimentos compulsórios nos depósitos à vista e a prazo, decisão que deve retirar da economia, nos próximos seis meses, R$ 61 bilhões.
Informações de Correio Braziliense
FOTO: reprodução / Antonio Cruz-ABr