Categoria fará reivindicação contra “falta de condições de trabalho”, segundo presidente da Federação Nacional dos Médicos.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
Médicos que atendem por planos de saúde pretendem parar os atendimentos de rotina e as cirurgias agendadas no dia 7 de abril, em reivindicação por reajuste dos honorários pagos pelas operadoras e contratos com previsão de aumentos periódicos.
Estima-se que 60% dos médicos do país, mais de 150 mil, prestam serviços por meio de planos de saúde. A data do protesto foi acertada na última sexta-feira, dia 18, pela Federação Nacional dos Médicos – Fenam, Associação Médica Brasileira – AMB e pelo Conselho Federal de Medicina – CFM. A manifestação ocorrerá no Dia Mundial da Saúde e deverá durar 24 horas.
Segundo entidades médicas, um profissional recebe, em média, de R$ 35 a R$ 45 por consulta, e o custo operacional estimado é de R$ 20. A categoria defende o valor de R$ 100 por consulta, conforme o presidente da Fenam, Cid Carvalhaes. “O motivo do protesto é a falta de condições de trabalho”, afirmou.
O reajuste proposto tem como base a Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos – CBHPM, tabela de mercado com valores de honorários, elaborada pela entidades médicas.
“Muitos médicos não querem mais atender por planos de saúde. Não se sentem motivados a assumir os riscos de uma cirurgia, por exemplo”, disse Florisval Meinão, coordenador da Comissão de Consolidação e Defesa da CBHPM, da Associação Médica Brasileira. Segundo Meinão, o reajuste dos honorários concedido por alguns planos de saúde foi 40% inferior à inflação acumulada nos últimos anos.
Informações de Agência Brasil
FOTO: ilustrativa