Defesa do médico acusado de ter provocado a morte do cantor argumenta que para cassar a licença, o tribunal precisaria de provas da ocorrência de um crime.
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A Justiça decidiu manter o registro profissional do cardiologista Conrad Murray (foto), o médico que atendia Michael Jackson e é acusado de ter provocado a morte do astro involuntariamente.
A decisão foi tomada na segunda-feira, dia 14 de junho, quando a audiência preliminar sobre a acusação de homicídio foi marcada para o dia 23 de agosto.
Contratado para cuidar de Jackson durante os preparativos para uma turnê, Murray foi quem administrou ao cantor a dose de anestésico propofol que precipitou sua morte, em 25 de junho do ano passado. A autopsia encontrou vários outros medicamentos no corpo do artista.
O juiz Michael Pastor disse que não tinha competência legal para cassar o registro profissional de Murray, conforme haviam pedido as autoridades estaduais. Diante dos pais do rei do pop, ele explicou que um juiz anterior já havia proibido Murray de usar anestésicos, e que por isso ele próprio não poderia impor novas sanções ao médico.
Defesa
O Conselho de Medicina da Califórnia havia solicitado a cassação da licença profissional de Murray, em nome da segurança da população. A defesa dele argumentou que para isso seria necessário que o tribunal recebesse a comprovação de um crime, o que não ocorreu, e que o réu depende financeiramente da sua atividade.
Murray atende principalmente em Houston e Las Vegas, mas seus advogados temem que, se um Estado cassar sua licença, outros possam fazer o mesmo. O juiz Pastor disse que, se as autoridades da Califórnia quiserem levar seu pedido adiante, podem recorrer da sua decisão.
Na audiência de 23 de agosto, serão avaliadas as provas existentes, para que o juiz decida se Murray deve ser levado a julgamento. Mas o juiz, os advogados e a promotoria pareceram de acordo com o eventual adiamento da audiência, conforme o processo progredir e novas audiências forem convocadas.
Informações de Veja.com
FOTO: reprodução / Reuters