Justificativa, segundo auxiliar do ministro da Educação, é que Haddad não interfere no conteúdo dos livros didáticos.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
O Ministério da Educação – MEC informou que não se envolverá na polêmica sobre o livro com erros gramaticais distribuído pelo Programa Nacional do Livro Didático, do próprio MEC, a 485 mil estudantes jovens e adultos.
No livro Por uma vida melhor, da professora Heloísa Ramos, “nós pega o peixe” pode ser considerado correto em certos contextos.
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“Não somos o Ministério da Verdade. O ministro não faz análise dos livros didáticos, não interfere no conteúdo. Já pensou se tivéssemos que dizer o que é certo ou errado? Aí, sim, o ministro seria um tirano”, afirmou um auxiliar do ministro Fernando Haddad, pedindo para não ser identificado.
Escritores e educadores criticaram no domingo, dia 15, a decisão de distribuir o livro, tomada pelos responsáveis pelo Programa Nacional do Livro Didático. Para Mírian Paura, professora do Programa de Pós-graduação em Educação da Uerj, as obras distribuídas pelo MEC deveriam conter a norma culta.
“Não tem que se fazer livros com erros. O professor pode falar na sala de aula que temos outra linguagem, a popular, não erudita, como se fosse um dialeto. Os livros servem para os alunos aprenderem o conhecimento erudito.”
Na obra, da coleção “Viver, aprender”, a autora afirma num trecho: “Posso falar ‘os livro?’ Claro que pode, mas dependendo da situação, a pessoa pode ser vítima de preconceito lingüístico.”
Informações de O Globo
FOTO: reprodução