Mar agitado provocou deslocamento de nove centímetros do navio Costa Concórdia. Há cerca de 15 pessoas desaparecidas.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
O naufrágio do navio de cruzeiro Costa Concórdia, ocorrido na última sexta-feira, dia 13, contabiliza seis mortes e cerca de 15 pessoas desaparecidas. As buscas por sobreviventes, no entanto, foram suspensas temporariamente nesta segunda, 16.
A embarcação tombou parcialmente na região italiana da Toscana depois de bater em um rochedo. De acordo com o comandante dos mergulhadores da Guarda Costeira, Rodolfo Raiteri, o mar agitado devido ao mau tempo na região provocou um deslocamento de nove centímetros do navio e as equipes foram retiradas do local.
Na hora do acidente, mais de 4,2 mil pessoas, de 60 nacionalidades, estavam a bordo. A maioria era proveniente da Itália, da França e da Alemanha, mas havia 53 brasileiros. Destes, 47 eram passageiros e seis tripulantes. Segundo o Itamaraty, todos os brasileiros sobreviveram.
Os 11 gaúchos que estavam no navio aguardam o pronunciamento formal da empresa italiana Costa Crociere, responsável pela embarcação. “Ainda é tudo muito recente, não sabemos como proceder no que diz respeito ao ressarcimento das perdas ocorridas no cruzeiro”, diz o engenheiro Júlio Machado, 60 anos, pai da advogada Lúcia de Mattos Leon Machado, 28, que estava na viagem.
“Aguardamos a posição efetiva da empresa e também do governo brasileiro, que até agora não entrou em contato. Por enquanto, iremos nos organizar por aqui. Minha filha e os outros precisarão recomeçar, fazer nova carteira de identidade, passaporte e tudo mais”, explica.
As caixas-pretas do navio começaram a ser analisadas e as primeiras avaliações indicam que o Costa Concórdia estava a menos de 150 metros da terra firme. Também há indicações de que a Guarda Costeira só foi informada do acidente pela tripulação cerca de uma hora depois da colisão com o rochedo.
Prejuízo passa de R$ 166 milhões
Segundo o presidente da Costa Crociere, Pier Luigi Foschi, o prejuízo causado pelos “danos imediatos” do naufrágio é de 93 milhões de dólares (cerca de R$ 166 milhões). A avaliação foi divulgada durante entrevista coletiva nesta segunda-feira, 16.
Os passageiros do navio poderão solicitar o ressarcimento de todos os prejuízos, incluindo o preço da passagem, os danos derivados da perda das bagagens e o reembolso das despesas tidas com o retorno antecipado a suas casas, conforme Fosch. Nos próximos dias, um comitê de proteção aos passageiros, instituído pela Casa do Consumidor de Gênova, se reunirá com a companhia de navegação para avaliar como a empresa lidará com a situação.
Informações de Agência Brasil e Correio do Povo
FOTO: Remo Casilli / Reuters