Eu já me deparei com essa pergunta milhares de vezes, e ela geralmente gera boas discussões. Afinal, beleza é relativa ou não? É algo que depende do ponto de vista do espectador? Ou é algo divino? Preexistente? É subjetivo?
Eu fui confrontada com essa pergunta novamente em Paris. Resolvi ir ao terraço da Galeria Lafayette para ver o pôr do sol. O local estava lotado de turistas de todos os cantos do mundo. Me sentei no parapeito, coloquei o meu fone de ouvido e fiquei contemplando a vista. E eu me lembro de pensar na seguinte frase: “é lindo ver as pessoas a desfazerem-se perante a beleza”. Não tinha como negar a beleza daquela vista. Não interessava a nacionalidade, a religião, o gênero, ideologia política, todos entendiam e apreciavam-na diante dos olhos. Foi um daqueles momentos mágicos em que pude contemplar o ser humano na sua “melhor versão”: sorrindo e maravilhado com o mundo.
Muitas vezes, nos apegamos a coisas muito pequenas, preocupações insignificantes demais e esquecemos de contemplar o que está a nossa volta. Há beleza em todo lugar. Só basta querer olhar. E de pensar que há tanta maldade no mundo atualmente, guerras por causa de território e religião. E eu pude ver todas aquelas pessoas das mais diferentes culturas sorrindo e rindo juntas, admirando a beleza do mundo. Bom, isso tudo me fez ter certa esperança de que ainda temos valores similares, nos mais diferentes lugares.
Se eu tenho uma resposta para a pergunta: não. Mas eu tenho duas certezas: há vulnerabilidade na beleza e o mundo é lindo demais para não ser visto.
Gratidão por você estar aqui
Até a próxima : )
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