Tive a chance esse ano de ir para essa cidade novamente, dessa vez acompanhada do meu primo e sua namorada. Já fui algumas vezes para lá e as pessoas sempre me perguntam porque eu retorno, até porque existem ainda muitos lugares que eu não conheço e parece (para alguns) perda de tempo visitar sempre a mesma cidade. Eu não sei como explicar, mas Paris é mágica. É linda. É uma cidade tão viva, cheia de energia. É fascinante o funcionamento do transporte público, a beleza das construções, a elegância dos parisienses e o gosto das pâtisseries.
Dessa vez, pude conhecer novos lugares na cidade e conseguir me localizar algumas vezes sem mapa. Acredito ser incrível quando conseguimos nos localizar e “entender” uma cidade, acho também que é por isso que sempre gosto de voltar, há uma certa familiaridade. Também tive a chance de ir ao Musée d’Orsay, uma antiga estação ferroviária que acabou se tornando um museu com obras de Monet e Van Gogh.
Ouço frequentemente pessoas falando sobre o seu desapontamento com a cidade: “é suja”, “tem ratos”, “os franceses são grosseiros”. Acho importante lembrar que a Grande Paris conta com mais de 10 milhões de habitantes. 10 Milhões. Fora isso, Paris é uma das cidades mais visitadas do mundo, com cerca de 15 milhões de turistas anualmente. É uma capital como todas as outras, não é só uma cidade turística, as pessoas trabalham e vivem lá. Existe trânsito, sujeira, movimento, barulho, tudo isso faz parte de uma cidade metropolitana. E há beleza nisso tudo. Muitos idealizam a Europa e acreditam que aqui, tudo é “melhor” que no Brasil, que aqui não há problemas, e bom, não é verdade. Então um conselho antes de viajar para qualquer lugar: alinhe expectativas.
Os franceses sabem ser engraçados. Acho fascinante como um povo pode mudar tanto a menos de 300km de distância. Os franceses são expressivos, galanteadores e elegantes. Três características ausentes nos alemães. E isso é o mais legal. Saber “lidar” com diferentes nacionalidades, entender que não somos iguais e não temos os mesmos valores como nação. E isso é tão rico: você não vai encontrar e também não quer encontrar o jeito brasileiro de viver na França ou na Alemanha, não faz sentido. Cada um no seu quadrado. O que podemos fazer é nos inspirar no jeito de viver do outro, e trazer um pouquinho dessa cultura para a nossa vida.
Então, é isso. Espero poder escrever uma nova coluna sobre Paris logo logo.
Jamais direi “não” para Paris. Sempre será um prazer visitar a cidade das luzes.
Gratidão por você estar aqui e até a próxima.