A defesa do publicitário ainda afirma nas alegações finais que o PT é o verdadeiro responsável pelo suposto mensalão.
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As alegações finais encaminhadas para o Supremo Tribunal Federal – STF, reafirmam que o mensalão não existiu. Nesta sexta-feira, 09, foi o último dia para que 38 réus apresentassem sua defesa antes do voto do relator, ministro Joaquim Barbosa. Esses 38 réus foram acusados em 2005 por um suposto esquema de compra de votos de parlamentares, acusação aceita dois anos depois pela STF.
O documento de 148 páginas que apresenta a defesa de Marcos Aurélio, afirma que os recursos repassados por Marcos para outros partidos eram para pagar dívidas de campanhas eleitorais de 2002 e 2004, não para comprar votos de parlamentares. A defesa tenta livrar o publicitário de acusações de falsidade ideológica, lavagem de dinheiro, peculato, evasão de divisas, formação de quadrilha e corrupção ativa.
“Não há prova do mensalão, história inventada pela imaginação fértil do ex-deputado Roberto Jefferson e não demonstrada nestes autos”, afirma o documento da defesa. Apesar de afirmar que o mensalão não existiu, o documento alega que o mensalão é responsabilidade do PT e de políticos ligados ao ex-presidente, Luiz Inácio Lula da Silva. “O PT – Partido dos Trabalhadores – é o verdadeiro intermediário do suposto mensalão”, alega o documento que defende Marcos Valério como intermediário de recursos financeiros.
O documento também faz inúmeras críticas ao Ministério Público que, segundo os advogados de Marcos, desconsiderou provas obtidas durante o inquérito na denúncia que levou o seu cliente à condição de réu. Os advogados ainda argumentam que a STF não tem competência para julgar este caso, pois Marcos não tem foro privilegiado. A defesa finalizou protocolando a arguição impedindo que o ministro Barbosa julgue o caso, já que ele afirmou que o publicitário é um expert em lavagem de dinheiro.
Informações de Agência Brasil.
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