Especialistas negam que plantas e animais estejam ameaçados. Iodo radioativo foi encontrado a 30 metros de reatores de Fukushima.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
Uma taxa de iodo radioativo 1.150 vezes superior à máxima legal foi identificada em uma amostra de água do mar na Usina Nuclear de Fukushima Daiichi, no Japão.
As autoridades japonesas afirmam que plantas e animais não estão ameaçados. Especialistas dizem, porém, que como os sistemas de resfriamento da usina ainda estão danificados, há riscos de acidentes nucleares.
Para identificar a taxa de iodo radioativo foi retirada amostra a uma distância de 30 metros dos reatores 5 e 6 da usina. O porta-voz da agência de segurança nuclear japonesa, Hidehiko Nishiyama, disse nesta segunda-feira, dia 28, que os testes foram conduzidos pela empresa de energia que administra o complexo, a Tokyo Electric Power – Tepco.
Segundo a Tepco e a agência de segurança nuclear japonesa, a radioatividade identificada na água do mar não ameaça as algas e os animais marinhos. De acordo com os dois órgãos, o iodo radioativo reduz-se para a metade a cada oito dias. Os testes com a amostra foram feitos ao sul de Fukushima Daiichi, próximo dos reatores 1 a 4, os mais danificados, onde a taxa de iodo 131 se elevou nesse domingo, 27, a um nível quase 2 mil vezes superior ao normal.
Os reatores 5 e 6, que estavam parados para manutenção no momento do terremoto seguido de tsunami, não sofreram danos. O sistema de resfriamento desses reatores voltou a ser ligado à corrente elétrica. Desde a catástrofe do último dia 11, os sistemas de resfriamento de quatro dos seis reatores estão danificados. Com isso, de acordo com especialistas, os riscos de explosões e vazamentos nucleares aumentam.
MORTOS – O número de mortos pelo terremoto e tsunami no Japão aumentou nesta segunda-feira, 28, para 11.004, enquanto outras 17.339 pessoas seguem desaparecidas, segundo o mais recente balanço divulgado pela polícia japonesa.
Há pelo menos 18 mil casas destruídas e mais de 130 mil edifícios danificados, sobretudo nas regiões litorâneas do nordeste japonês, onde a neve e as baixas temperaturas complicam a situação do desabrigados.
Informações de Agência Brasil
FOTO: reprodução / Kyodo News-AP