Protestos pela renúncia imediata do presidente Hosni Mubarak se intensificam no 16º dia consecutivo de revolta no Cairo.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
Ativistas antigoverno pediram à população nesta quarta-feira, 09, que intensifique os protestos contra o regime do presidente Hosni Mubarak. É o 16º dia consecutivo de manifestações de rua no Egito.
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Oposição insiste na renúncia de Hosni Mubarak
Centenas de pessoas tentavam bloquear a entrada do Parlamento, no Cairo, próximo à Praça Tahrir. Militares e veículos blindados vigiavam o local, que é dominado pela bancada do Partido Nacional Democrata – PND, do contestado Mubarak. Os manifestantes sentaram diante do edifício para impedir a entrada.
“Viemos para impedir a entrada dos membros do PND. Ficaremos até que nos dêem o que pedimos. Se não, morreremos aqui”, disse à agência de notícias France Presse Mohamed Abdalah, de 25 anos, enquanto os manifestantes gritavam frases contra Mubarak e mostravam bandeiras egípcias. Milhares de pessoas amanheceram na Praça Tahrir.
Ao mesmo tempo, o governo insiste afirmar que está comprometido com uma transição real de poder no país conflagrado e alertou para um suposto risco de “golpe” caso a oposição insista em exigir uma transição imediata, com a renúncia de Mubarak, de 82 anos.
O Egito deve discutir as “orientações” políticas do futuro chefe de Estado, disse em entrevista o vice-presidente Omar Suleiman, encarregado de negociar com os oposicionistas. “O presidente Mubarak é favorável a uma verdadeira transferência do poder, não há nenhum problema”, revela Suleiman a jornalistas da imprensa oficial.
Pressionado, Mubarak já havia anunciado que não vai ser candidato a um sexto mandato nas eleições previstas para setembro. “Mas é preciso pensar no futuro do Egito, e em quem vai conduzir o país para o futuro, não a pessoa, e sim suas qualificações e orientações políticas”, pondera, em uma provável mensagem aos jovens e à Irmandade Muçulmana. Ele disse temer que, se a transição não for feita com cuidado, o país pode sofrer um golpe de estado.
Com informações de G1 e agências internacionais
FOTO: Mohammed Abou Zaid / AP