Dados da UNESCO informam que dos 774 milhões de analfabetos em todo mundo, ¾ estão divididos em 15 países, entre eles, o Brasil.
Representantes de 190 países se reúnem a partir desta terça-feira, 1º, em Belém, no estado do Pará, para discutir a educação de jovens e adultos em todo mundo. Esta é a 6ª edição do evento que ocorre a cada 12 anos e pela primeira vez ocorre no Hemisfério Sul, organizado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Quarenta ministros de Educação estão confirmados para o evento, inclusive Fernando Haddad.
Para o especialista da Unesco em educação de jovens e adultos, Timothy Ireland, houve avanços nos últimos 12 anos, mas ainda é preciso melhorar a questão do financiamento das políticas de ensino voltadas para esse público. “Temos a necessidade de avançar da retórica para a ação. Esperamos que Belém realmente marque uma nova fase com relação à educação de jovens e adultos em termos de investimento, financiamento, legislação e políticas públicas”, disse.
Segundo dados da Unesco, há 774 milhões de adultos analfabetos em todo o mundo. Três quartos desse total concentram-se em 15 países, entre eles o Brasil. Na avaliação de Ireland, os países da América Latina concentraram-se muito nos últimos anos em campanhas de alfabetização, mas não pensaram na educação de jovens e adultos de forma continuada.
O Brasil tem hoje 14,2 milhões de pessoas com mais de 15 anos que não sabem ler e escrever, o que equivale a 10% da população dessa faixa etária. Entre 2007 e 2008, a redução da taxa foi de apenas 0,1%.
A Confintea é organizada pela Unesco em parceria com o Ministério da Educação e o governo do Pará. As atividades seguem até sexta-feira, dia 04 de dezembro.
ABr