Na noite desta quarta-feira, 27, a Sociedade Orpheu foi palco do lançamento dos livros “Colônia Alemã de São Leopoldo: 200 Anos de História (1824–2024) – Um Almanaque” e “São Leopoldo: Comemorações, Reflexões e Atualidades (1974–2024)”. O evento transportou os presentes por um “túnel do tempo”, ao revisitar os 200 anos de legado deixado pelos imigrantes alemães no Rio Grande do Sul. A celebração contou com apresentações históricas feitas pelos organizadores das obras, que destacaram o papel de São Leopoldo e das cidades da Região Metropolitana e do Vale dos Sinos na construção dessa trajetória.
As obras contam com a colaboração de mais de 50 autores, que retomam diversos aspectos da história alemã desde a chegada dos imigrantes ao Rio Grande do Sul e São Leopoldo, em 1824. Além disso, temas como identidade cultural, patrimônio histórico, diversidade étnica e religiosa, e o papel de São Leopoldo no cenário nacional e regional estão entre os pontos centrais das obras. Cada exemplar conta com cerca de 650 páginas
O prefeito Ary Vanazzi destacou sua alegria em estar à frente da administração do município durante um momento tão especial quanto o Bicentenário da Imigração Alemã. “Não há orgulho maior para o prefeito de uma cidade tão importante do ponto de vista econômico, histórico e cultural, ter efetivamente uma apresentação em que se considera todos os elementos do processo de construção de uma identidade de sociedade como é nossa sociedade gaúcha, mas fundamentalmente as cidades que brotaram a partir da imigração dos alemães a partir de 1824”, celebra Vanazzi.
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Martin Dreher, da Comissão Histórica do Bicentenário, ressaltou a importância de obras tão densas e completas historicamente serem lançadas hoje, visto a falta de investimento em cultura que o país viveu há alguns anos. “Hoje nós estamos trazendo para vocês o resultado de um trabalho de três anos e meio, faltando recursos até para a tinta da impressora. Porque nós passamos por um período no qual a cultura foi anexada ao Ministério do Turismo. É bom lembrar isso. E foi um esforço de gente muito querida”, recorda Martin.
Erny Mügge, também da Comissão Histórica do Bicentenário, falou durante seu discurso sobre os livros serem como “Bíblias do Bicentenário”, enfatizando a importância narrativa e histórica das pesquisas que foram realizadas para a conclusão das obras.
A escritora e organizadora do livro, Marluza Marques Harres, pontuou a importância destas obras históricas para o futuro. “Num mundo em acelerada transformação, preservar e ter memórias coletivamente alinhadas e compartilhadas, mesmo em intermináveis discussões sobre origens, são importantes para a nossa sanidade”, sinaliza a escritora.
O evento foi uma realização da Comissão Histórica do Bicentenário, em parceria com a Prefeitura de São Leopoldo, a Secretaria Municipal de Cultura e Relações Internacionais (Secult) e o Instituto Histórico de São Leopoldo. Após seu lançamento, os livros serão distribuídos em escolas municipais, estaduais e privadas, promovendo o acesso ao conhecimento histórico.
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