Senador Demóstenes Torres afirma que Fernando Bezerra favorecia Pernambuco no repasse de verbas federais. Filho e irmão também estariam envolvidos.
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A oposição no Congresso Nacional apresentou uma representação à Procuradoria-Geral da República solicitando a abertura de uma ação civil pública envolvendo o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra (foto), nesta terça-feira, dia 10.
Ele é acusado de favorecer o seu Estado, Pernambuco, no repasse de verbas federais para a prevenção de desastres. A partir dessa acusação, o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) apresentou representação na qual pede a condenação de Bezerra por improbidade administrativa, com a perda do cargo de ministro e dos direitos políticos, e indenizar o Estado pelos prejuízos causados, além de multa no valor até dez vezes os custos dos prejuízos.
As acusações do líder do Democratas no Senado contra o ministro vão além das denúncias de favorecimento ao estado de Pernambuco que, segundo Demóstenes, recebeu até o dobro de repasses do que outras unidades da Federação que habitualmente sofrem com desastres, como Minas Gerais e o Rio de Janeiro. O senador também acusa Bezerra de priorizar o filho, deputado federal Fernando Bezerra Coelho Filho (PSB-PE), na liberação de emendas parlamentares relacionadas ao Ministério da Integração Nacional. Segundo Torres, o deputado foi o único que teve 99% do valor de uma emenda repassado pelo ministério.
Existem ainda, segundo o líder oposicionista, irregularidades quanto à permanência do irmão do ministro, Clementino Coelho, na presidência interina da Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco – Codevasf. Para Demóstenes Torres, o fato de Coelho já ser diretor da companhia e não ter sido indicado diretamente pelo ministro não anulam os indícios de nepotismo. Coelho deixou a presidência da Codevasf, retornando ao cargo de diretor que ocupava antes do irmão virar ministro, nesta terça.
Informações de Agência Brasil
FOTO: reprodução / ABr