Torcedores se reúnem para combinar caronas de Novo Hamburgo a Porto Alegre e ver o Internacional rumo ao tricampeonato da América. Nem ranço com Celso Roth impede de apoiar.
Felipe de Oliveira [email protected] (Siga no Twitter)
Quando saíram de Novo Hamburgo, a desconfiança reinava. O que é melhor: perder e dar adeus à Celso Roth ou ganhar a primeira rumo ao tricampeonato da América?
Com a bola rolando, o grupo de pelo menos 10 torcedores que sempre se reúne para ver o Inter no Beira-Rio já não tinha dúvidas: era vencer ou vencer! Tudo bem que o futebol que viram em campo não foi lá essas coisas, mas, no final, os 4 a 0 contra os mexicanos do Jaguares, nesta quarta-feira, dia 23, ficou de bom tamanho.
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Para o técnico em eletrônica Allin Lopes, 28 anos, no entanto, nada que cause euforia. “A gente vê que quando pegar um time mais forte a coisa será diferente”, critica o colorado, referindo-se às opções que entende equivocadas do técnico. Ainda assim, acredita no título pela lembrança de como foi o bi, no ano passado, quando o time chegou às semifinais sem fazer grandes partidas e depois melhorou, por ironia do destino, com a chegada de Roth.
E o clima era mesmo estranho nas arquibancadas, de o onde o Portal novohamburgo.org também acompanhava o jogo. Um desavisado não entenderia nada. O placar marcava 3 a 0 para o Inter e ainda ecoavam gritos de “burro, burro, burro…”. O tal ranço com Celso Roth se propagava rápido por todos os setores do estádio e só foi amenizar com o 4 a 0.
Entre os hamburguenses, a unanimidade era a má formação do meio campo, com três volantes. “Imagine se tivéssemos um articulador botando a bola para o Cavenaghi e o Zé Roberto correr”, sugere o estudante Rafael Schuler, 28, com a propriedade de quem nas horas vagas ataca de treinador no futebol amador em Novo Hamburgo.
Com o Inter, onde
o Inter estiver
O verso é do hino do rival. Vale, nesse caso, para os colorados hambuguenses que foram ver Inter e Jaguares. Já combinaram que não perderão um jogo sequer em Porto Alegre na Libertadores 2011. As caronas, inclusive, já estão acertadas.
E se depender deles, o sonho do tricampeonato da América fica mais próximo. Não importa se na casamata vermelha está Roth ou outro técnico qualquer, o que vale é apoiar. “Durante o jogo não se vaia. Depois, se o resultado não vier, xingamos os culpados, mas antes é só apoiar”, defende Schuler.
FOTOS
Alexandre Lops / Inter
Felipe de Oliveira / novohamburgo.org