Colorado agora é o Brasil na decisão da América e também no Mundial de Clubes, que ocorre nos Emirados Árabes, em dezembro. Alecsandro fez o gol salvador, na derrota por 2 a 1.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
Abu Dhabi, aí vai o Inter! O Colorado perdeu por 2 a 1, no Morumbi, para o São Paulo, mas vai à decisão da Taça Libertadores da América contra o Chivas, do México, e já está garantido para tentar o cicampeonato no Mundial de Clubes da Fifa, nos Emirados Árabes, em dezembro.
Jogando contra um Tricolor com espírito de gaúcho e com o estádio pressionando os 90 minutos, o Internacional falhou ao entregar dois gols para o adversário. Só que tinha o centroavante Alecsandro. O camisa 9 sempre foi criticado por boa parte da torcida vermelha, mas segue marcando gols.
E para quem gosta de coincidências, o jogo desta quinta-feira foi recheado delas. Todas ligadas ao empate por 2 a 2 entre as duas equipes na final da Libertadores de 2006, conquistada pelo Colorado. Primeiro, a falha de Renan, lembrando a de Rogério Ceni quatro anos atrás. Depois, a expulsão de Tinga no segundo tempo, assim como foi naquele ano e, por último, o Inter no Mundial de Clubes.
Agora, os colorados enfrentam o Chivas, no México, na primeira partida da decisão da Taça Libertadores da América na próxima quarta-feira, dia 11. Em função deste jogo, a Confederação Brasileira de Futebol – CBF cancelou o confronto que o Inter teria neste fim de semana, contra o Santos, na Vila Belmiro, pelo Brasileirão 2010.
O Jogo
Empurrado por sua torcida e pela necessidade de dois gols para sonhar com a final da Libertadores, o São Paulo partiu para cima. O Inter, por sua vez, se defendeu bem, não ficando somente atrás, mas também levando perigo ao gol de Rogério Ceni.
Com três atacantes, dois deles centroavantes, inclusive, o São Paulo explorava a bola aérea e foi em um lance assim que chegou ao seu primeiro gol. Aos 30 minutos, o meia Hernanes cobrou falta para a área, Renan subiu sozinho e falhou feio. Na sequência, a bola sobrou para Alex Silva que abriu o placar de cabeça. O lance fez todo o são-paulino lembrar a falha de Ceni na final da Libertadores de 2006, contra o próprio Inter, e sentir um gostinho de “vingança”.
SEGUNDO TEMPO – Ao som de “frangueiro, frangueiro, frangueiro” para o goleiro Renan, Inter e São Paulo voltaram para a etapa final sem alterações. A torcida paulista que pegava no pé do goleiro nem imaginava que perderia a alegria seis minutos depois.
O zagueiro Miranda derruba Taison na entrada da área do São Paulo, falta para o Inter. D’Alessandro cobra rasteiro e no meio do caminho o centroavante Alecsandro desvia de calcanhar, tirando qualquer possibilidade de defesa de Ceni. O gol Colorado eliminava a possibilidade dos pênaltis e obrigava o São Paulo a fazer mais dois gols para conquistar a classificação.
Dois minutos se passaram e a missão tricolor ficou mais próxima, quando novamente o goleiro Renan socou a bola na direção de um são-paulino. Cleber Santana, de primeira, colocou Ricardo Oliveira na cara do gol e o centroavante não deu chance para Renan, desempatando o jogo. Os jogadores do Inter reclamaram de impedimento, mas o lance foi legal.
Quem pensava que o Inter iria se defender, se enganou. Aos 18 minutos, após cruzamento de Sandro da direita, Tinga teve a chance de fazer o segundo, mas Jean salvou quase em cima da linha. Os colorados reclamaram novamente, desta vez pedindo pênalti.
O jogo já estava dramático, mas Paulo César Tinga resolveu apimentá-lo ainda mais. Aos 34 minutos, o meia foi expulso, assim como na final de 2006, mas desta vez por cometer falta por trás em Junior Cesar. Com a expulsão, o técnico Ricardo Gomes resolveu abrir de vez o São Paulo. Tirou os volantes Rodrigo Souto e Cléber Santana para colocar o atacante Marcelinho Paraíba e o meia Marlos.
Com as mudanças o São Paulo passou a dominar o jogo, mas sempre na bola aérea ou em chutes de longa distância. Sem o resultado que classificaria o tricolor, Gomes tirou Dagoberto e colocou Fernandinho. No fim, até o goleiro Rogério Ceni foi para o ataque, mas na afobação fez falta em Renan e matou o último lance tricolor. Após a cobrança, o árbitro paraguaio Carlos Amarilla apitou o fim do jogo.
FOTOS
reprodução / GloboEsporte.com
arte novohamburgo.org