Perícia aponta que Marcos Matsunaga morreu por choque traumático, causado pela bala, e asfixia respiratória por sangue aspirado devido à decapitação.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
Um laudo que faz parte do inquérito que apura a morte do empresário Marcos Matsunaga, diretor-executivo do grupoYoki, indica que a vítima foi decapitada quando ainda estava viva.
Nesta quinta-feira, dia 14, a polícia entregou o inquérito à Justiça de Cotia, na Grande São Paulo, com um pedido de prisão preventiva para que Elize Matsunaga fique na cadeia até o julgamento.
Para a polícia, o caso está encerrado. Durante a investigação, a mulher de Marcos confessou que matou e esquartejou o empresário no apartamento da família, na Zona Oeste de São Paulo. Ela disse que, durante uma discussão sobre a traição do marido, levou um tapa no rosto, pegou uma pistola na gaveta e atirou, a mais de 1,5 metro de distância.
O laudo dos peritos aponta outra versão: no momento do tiro, Marcos estava abaixado. Elize estava de pé quando atirou, de cima para baixo e à queima roupa. Os vestígios de pólvora no rosto da vítima, vindos da arma, indicam que a distância era curta.
Marcos Matsunaga morreu por choque traumático, causado pela bala, e asfixia respiratória por sangue aspirado devido à decapitação. Para o advogado Luiz Flávio D’Urso, que representa a família Matsunaga, o crime foi premeditado e o documento desmente a versão de Elize.
O professor de medicina legal da Universidade de São Paulo – USP Henrique Soares explicou o que significa o resultado do laudo. “Significa que a vítima ainda estava viva quando foi decapitada. Tomou um tiro, provavelmente estava inconsciente, em estado de coma, e nesse estado foi submetido à decapitação, momento no qual houve a aspiração do sangue. Estou lendo um laudo, não participei da necropsia”, disse.
Para o advogado Luiz Flávio D’Urso, que representa a família Matsunaga, o crime foi premeditado. “O que leva à conclusão de que estamos diante de disparo de arma de fogo que não o matou e que, posteriormente, segundo o laudo, em razão de ele ter tido o pescoço cortado ainda vivo, se asfixiou com o sangue decorrente desta degola”.
Os próximos passos do caso serão dados na Justiça, que vai decidir se o processo fica em Cotia, onde o corpo do empresário foi encontrado, ou se ficará na capital paulista, onde aconteceu o assassinato. O advogado de Elize, Luciano Santoro, disse que não teve tempo para analisar os laudos anexados ao inquérito e que vai aguardar a Justiça se pronunciar sobre a conclusão das investigações.
Informações de G1
FOTO: reprodução G1