Há cerca de três semanas, vídeos de crianças amarradas e chorando no banheiro do Colégio Colmeia Mágica, circularam nas redes sociais.
São Paulo: A Justiça determinou na última terça-feira (22), a prisão temporária da diretora da escola infantil investigada por maus-tratos contra crianças, que eram amarradas no banheiro do local.
Segundo o Ministério Público, o caso segue em investigação e está sob “segredo de Justiça”. Há cerca de três semanas, vídeos de crianças amarradas e chorando no banheiro do Colégio Colmeia Mágica, circularam nas redes sociais. Mães de alunos alegaram à polícia que a diretora mandava amarrar os bebês. Eles chegavam em casa com ferimentos pelo corpo.
O mandado de prisão pedido pela Polícia Civil e o Ministério Público (MP) foi entregue ontem e determina detenção temporária de Roberta Regina Rossi Serme, de 40 anos. Além de diretora, ela é uma das sócias proprietárias da Escola de Educação Infantil Colmeia Mágica, na Vila Formosa.
A pedagoga Roberta Regina Rossi Serme, é uma das donas da escola de educação infantil, na Zona Leste da capital paulista. Em fevereiro, a Polícia Civil abriu inquérito para apurar denúncias de maus-tratos e tortura contra alunos.
A polícia ouviu mais de 20 pessoas, entre pais de alunos, funcionários e ex-funcionários. Três professoras e duas ex-professoras da escola disseram que os bebês eram amarrados com lençóis quando não paravam de chorar e ficavam num banheiro escuro, sem ventilação e com a porta fechada.
A foto de uma criança dormindo no chão, que circulou nas redes sociais, seria uma demonstração de uma dessas práticas.
Ainda segundo informações, no pedido de prisão, o delegado responsável pela investigação disse que a diretora da escola, Roberta Serme, exerce grande influência e ameaça funcionários e ex-funcionários. Disse ainda, que ela planejava fugir e que retirou materiais de dentro da escola, o que indicaria uma tentativa de atrapalhar as investigações.
No último dia 10, a polícia fez buscas na escola e apreendeu os celulares das proprietárias e lençóis que seriam usados para imobilizar os bebês.
Os advogados de Roberta Serme, já reconheceram que as imagens foram feitas na escola. Na quarta-feira (23), voltaram a afirmar que as cenas foram forjadas para prejudicar a escola e as proprietárias, que contaram com apoio externo e que foram feitas sem nenhum conhecimento das diretoras e de outras professoras.
Imagens: redes sociais