Andrei Netto, enviado especial do jornal O Estado de S. Paulo, estava preso há oito dias. De acordo com informações do jornal, ele está bem de saúde e deve deixar a Líbia nesta sexta-feira.
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O jornalista gaúcho do O Estado de S. Paulo, Andrei Netto, 34 anos, foi libertado nesta quinta-feira, 10, segundo informação do diretor de Conteúdo do Grupo Estado, Ricardo Gandour. Ele está bem de saúde e deve deixar a Líbia na sexta, de acordo com o diretor do Grupo.
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O jornalista está abrigado na casa do embaixador brasileiro em Trípoli, George Ney Fernandes, conforme informações de Gandour. A soltura do brasileiro foi confirmada também pelo Ministério das Relações Exteriores.
Andrei Netto ficou oito dias preso, após ter sido capturado por tropas leais ao ditador Kadhafi. O Estadão informou através de uma coletiva em São Paulo, que o jornalista foi preso quando tentava legalizar sua situação de entrada no país. Netto estava na Líbia desde o dia 19 de fevereiro. O enviado especial estava na região para a cobertura dos conflitos no país árabe e entrou pela fronteira da Líbia com a Tunísia.
O Estadão havia perdido todo contato direto com o jornalista há uma semana. Até domingo, o jornal relatou que recebia informações indiretas de que o repórter estava bem, na região de Zawiya, cenário de confrontos violentos confrontos. A comunicação direta com a redação era feita por telefonemas e e-mails e, segundo fontes líbias ao jornal, havia sido cortada por medida de segurança.
Ajuda parlamentar
Mais cedo, os senadores Eduardo Suplicy (PT) e Paulo Paim (PT-RS), integrantes da Comissão de Direitos Humanos do Senado, informaram que o repórter poderia ser libertado ainda nesta quinta.
Os parlamentares ligaram para o embaixador líbio no Brasil, Salem Ezubedi, pela manhã para buscar informações sobre o jornalista. Segundo Suplicy, o embaixador líbio relatou que Andrei estava na cidade de Sabratha. Ele ficou preso a Oeste da capital Trípoli.
Paulo Paim informou que a Comissão de Direitos Humanos do Senado aprovou duas moções sobre o caso. “A primeira moção é de solidariedade ao jornal e também com a família do jornalista e a outra exigindo das autoridades líbias a imediata libertação do repórter”, disse ele.
O governo brasileiro, a Embaixada da Líbia no Brasil, o Comitê Internacional da Cruz Vermelha, a ONU e vários veículos de comunicação do Brasil e do mundo estão colaborando no sentido de garantir a integridade física e segurança do repórter, diz o jornal.
Informações de portal G1