Obras podem continuar no restante do estádio, segundo o coordenador da Defesa Civil, que também garante que a estrutura básica não foi afetada.
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Após nova vistoria nesta quinta-feira, dia 28, a Defesa Civil manteve a interdição da área afetada pela queda de um guindaste na obra da Arena Corinthians, em Itaquera, na zona leste de São Paulo.
No acidente ocorrido na quarta-feira, 27, dois operários morreram e um ficou ferido. O local interditado desde então representa, aproximadamente, 10% do estádio, 30% da área leste da arena e 5% de todo o conjunto de obras do entorno do estádio. O Itaquerão, como é conhecido o estádio, será palco da abertura da Copa do Mundo, em junho do próximo ano, e de mais cinco jogos da competição.
O coordenador da Defesa Civil, coronel Jair Paca de Lima, informou que as obras podem continuar no restante do estádio. “Foi entregue um auto de interdição para o representante do proprietário das instalações”, explicou. “Ele tem um prazo para entrada de documentação, solicitando a permissão para execução de obras emergenciais. Quando sair essa documentação, ele já pode dar continuidade a essas obras emergenciais.”
Conforme Paca de Lima, a estrutura básica do estádio não foi afetada. “O risco de colapso de estrutura naquela área é só a parte metálica e do guindaste que veio abaixo.” Segundo o coordenador, apenas uma parte do piso foi destruída, o que não representa perigo. Ele informou que a Construtora Odebrecht, responsável pela obra, acompanhou a vistoria e somente ela poderá dizer se as obras serão retomadas na segunda-feira, na parte não afetada, como está previsto pela empresa.
“Quem vai dizer o tipo de falha é a perícia”
“Ocorreu uma falha de procedimento. Quem vai dizer o tipo de falha é a perícia. Pode ser falha humana, de equipamentos, de materiais ou algo fortuito”, declarou Paca de Lima. Segundo o coordenador, as primeiras observações não sinalizam declividade no solo. “Se houve, foi coisa de milímetros, porque há uma base abaixo da máquina e essa base não sofreu afundamento”, declarou.
As causas do acidente estão sendo apuradas pela Polícia Técnico Científica, que tem prazo de 30 dias para apresentar o laudo. Segundo a Secretaria de Segurança Pública, esse prazo pode ser prorrogado se houver necessidade.
Informações de Agência Brasil
FOTO: Marcelo Camargo / ABr