“Tentei me controlar e não mostrar ao mundo o que estava acontecendo”, declarou Thamsaqa Jantjies, de 34 anos, acusado de falsário.
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A polêmica em torno do intérprete de sinais que traduziu os discursos de autoridades na cerimônia em homenagem ao ex-presidente sul-africano Nelson Mandela em Joanesburgo na última segunda-feira, dia 10, continua. Foi levantada a suspeita de que Thamsaqa Jantjies era, na verdade, um impostor. Ele concedeu entrevista a um repórter local nesta quinta, 12, e afirmou que sofreu um “episódio esquizofrênico”.
Jantjies está sendo acusado de falsário e de ter simulado gestos, sem nenhuma proximidade com a linguagem de sinais. O intérprete afirma que, de repente, começou a ter alucinações e ouvir vozes durante o funeral. “Não tinha nada que eu poderia fazer”, disse, declarando que toma medicação para esquizofrenia. “Estava sozinho em situação muito perigosa. Tentei me controlar e não mostrar ao mundo o que estava acontecendo. Eu sinto muito.”
O intérprete disse que, quando a empresa que lhe emprega disse que trabalharia no memorial, ele se sentiu honrado por fazer parte do momento histórico. Jantjies receberia o equivalente a R$ 200. “Esta doença é injusta. Qualquer um que não entenda essa doença vai pensar que eu estou inventando tudo”, desabafou ele. O jornal que fez a entrevista informou que o homem, de 34 anos, mostrou documentos que comprovam seu trabalho como intérprete, incluindo fotos ao lado de autoridades em grandes eventos.
Informações de Agência Brasil
FOTO: reprodução / SRZD