Em clima de Dia dos Namorados, o Portal novohamburgo.org conta a história da gaúcha Jussara Lagranha. Ela “namora” o canadense Barrett Thornton através do computador. –
Cristiane Cunda [email protected]
Encarar um namoro com alguém que mora numa cidade diferente pode ser difícil. Muito pior se for em outro país. Só que engana-se quem pensa que o amor não transcende qualquer fronteira…
A dúvida é: vai dar certo? E principalmente, a saudade. Fatores realmente complicadores. Contudo, a Internet pode ser uma grande aliada para resolver pelo menos um dos principais problemas, já que sem comunicação não tem namoro.
O Dia dos Namorados 2010 está aí e o Portal novohamburgo.org foi atrás de uma história diferente. O exercício de namorar quando se está pertinho da pessoa amada não exige grandes esforços. Acredite! Imagine encarar mais de 10 mil quilômetros entre Brasil e Canadá.
Os dilemas da distância foram encarados pela gaúcha Jussara Lagranha, 51, que namora há dois anos com um piloto canadense. Ela recorda que conheceu Barrett Thornton, 59, através de um casal de amigos em comum, que vive na cidade de Canoas. Ela também é gaúcha, Tânia, e o marido Richard é canadense.
“Lembro como se fosse hoje. Encontrei o Richard, que me perguntou se estava tudo bem comigo e com meu filho. Contei a ele que havia me separado, mas estava tudo certo”, revela Jussara. “Passados dois dias recebi um e-mail dele dizendo que um amigo estava vindo do Canadá. Que era uma pessoa muito bacana e que eu iria adorar conhecê-lo. Resolvi ir. Isso foi no dia 25 de março de 2008.”
A gaúcha diz que à primeira vista já simpatizou com Barrett, “ele estava sempre sorrindo”. Depois do encontro, nunca mais deixaram de se ver. “Ele é muito fofo e é tudo que eu pedi a Deus. Um homem bem humorado, atencioso, carinhoso e amoroso”, comemora, orgulhosa.
Ela lembra ainda que questionou o fator distância quando resolveram assumir o namoro, mas Barrett foi perseverante. Apostou na relação. “Perguntei isso a ele (sobre a distância), mas ele disse que viria sempre que possível. E tem vindo cerca de quatro vezes ao ano. A dificuldade do amor a distância é que eu gosto muito de beijo, de abraço, de carinho, do contato físico. Mas isso vai se resolver com o tempo.”
Transcendendo fronteiras
A Internet é indispensável. “Eu amo a tecnologia e acho que por telefone não estaríamos tão próximos, nem ficaríamos o tempo todo juntos nos fins de semana”, avalia. “Utilizamos o msn ou o skype com a câmera. Sempre que estou conectada estamos nos falando, eu aqui e ele as vezes no Canadá, na Austrália, na China ou em qualquer outro lugar para onde esteja voando.”
Barrett Thornton trabalha como piloto há 39 anos, deve se aposentar em setembro e pretende vir morar no Brasil. “Não sou de fazer muitos planos, deixo a vida me levar. Ele sonha em vir morar em João Pessoa, na Paraíba, onde passamos 22 dias e amamos! É um lugar perfeito para se viver”, garante Jussara.
Dia dos Namorados
No primeiro ano de romance, Barrett enviou uma bela cesta de café da manhã com flores no Dia dos Namorados. Em 2009, Jussara recebeu um grande ramalhete de flores no trabalho. “Esse ano não sei o que vai acontecer. Ele vai estar voando e não sei se terá tempo ou lembrará de fazer algo.” Ela não disfarça a expectativa pela data, mesmo a milhares de quilômetros de distância do amando.
FOTOS: arquivo pessoal / Jussara Lagranha