Agricultores pedem uma audiência com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, com o objetivo de reivindicar recursos públicos para a reforma agrária.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST ocuparam a entrada do prédio do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – Incra, na avenida Loureiro da Silva, área central de Porto Alegre, nesta quarta-feira, dia 23.
Eles pretendem fazer jejum e permanecer no local até sexta-feira, dia 25. O objetivo do ato é reivindicar o assentamento de mil famílias no interior do Estado que, segundo eles, deveria ter sido feito no final do ano passado.
O acesso ao prédio do Incra ocorre sem restrições e a direção do instituto informou que deve deixar os manifestantes no local enquanto o ato for pacífico. Já integrantes da Federação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura Familiar da Região Sul – Fetraf-Sul realizaram assembleia em três cidades gaúchas para mobilização, buscando pressionar o governo para soluções de pendências no auxílio aos agricultores familiares gaúchos.
A direção da Fetraf-Sul reuniu cerca de 2,5 mil agricultores em Erechim, São Lourenço do Sul e Sarandi. Cerca de mil trabalhadores bloquearam a BR 386, em Sarandi, e outros protestaram em frente a uma agência do Banco do Brasil – BB em Erechim.
Agricultores ligados à Fetraf estão desde as 6h desta quarta-feira, 23, no prédio do Ministério da Fazenda, em Brasília. Eles pedem uma audiência com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, com o objetivo de reivindicar recursos públicos para a reforma agrária. Segundo os organizadores, cerca de 300 pessoas participam do protesto. A Polícia Militar, no entanto, estima em 150 o número de manifestantes.
De acordo com a segurança do ministério, os trabalhadores quebraram vidraças e forçaram a entrada no prédio. Segundo Ariolino Ferreira, um dos líderes do movimento, os agricultores só devem deixar o local depois que forem recebidos por Mantega, que ainda não chegou ao local.
Informações de Correio do Povo
FOTO: Vinícius Roratto / Correio do Povo