Agora as provas estão sendo analisadas pela Operação Caixa de Pandora para definir a participação e responsabilidade de cada envolvido no caso.
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O Inquérito nº 650 está tramitando há dois anos no Superior Tribunal de Justiça – STJ e investiga o esquema de pagamento de propina no governo do Distrito Federal – DF. A investigação é feita pela Operação Caixa de Pandora e é conhecida como mensalão do DEM. Essa ação é ilegal e já resultou na prisão do governador do DF, José Roberto Arruda (foto).
Na semana passada, dados importantes chegaram ao Ministério Público Federal – MPF, o que passa o processo a sua fase final. A fase final serve para analisar as provas e atribuir a responsabilidade de cada envolvido no caso. “As perícias feitas e todos os documentos colhidos mostram um sistema de corrupção que estava em pleno funcionamento e que envolvia pessoas importantes do governo do DF. Agora temos que definir a participação de cada um nisso”, afirmou Raquel Dodge, subprocuradora-geral responsável pelo caso.
Raquel Dodge já mudou sua rotina para se dedicar em tempo integral ao caso a partir desta semana, com a expectativa de que o texto fique pronto até o final de 2011. Apesar da previsão, a subprocuradora prefere não dar um prazo. O processo principal já tem cerca de 40 mil páginas, fora as páginas com os apensos e os avulsos. Os dados importantes que chegaram ao MPF na última terça-feira, dia 20, se referiam a uma perícia em uma gravação para garantir a investigação. Segundo Raquel, essa é a prova mais relevante do inquérito.
A Polícia Federal já apreendeu vários cheques durante a Operação Caixa de Pandora na residência e nas empresas dos investigados, que foram encaminhados ao MPF. Segundo a procuradora, a demora no andamento do processo foi a burocracia de alguns órgãos para fornecer documentos importantes e a cautela do MPF para não contestarem as provas posteriormente. “Elas (as provas) estão sendo encaminhadas para um afunilamento do trabalho do MP, mais concentrado no exame do conjunto das provas e da coerência delas entre si, para saber a quem imputar o crime. Claro que ao longo do período a gente vai formando uma convicção, e a fase atual é de finalização”, explicou Raquel.
Agora os ministros do STJ irão analisar se abrem uma ação penal contra os acusados de pagamento de propina, que devem responder o processo na condição de réus.
Informações de Agência Brasil
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