Resultado está próximo ao patamar de 2008, quando o cenário era de forte pressão inflacionária. A expectativa para inflação de 2011 é de 5,32%.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
O principal índice de inflação do Brasil, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA, encerrou o ano de 2010 com uma alta acumulada de 5,91% – o maior percentual dos últimos seis anos.
O dado foi divulgado nesta sexta-feira, dia 07, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. O resultado ficou bem acima do registrado em 2009, quando o índice subiu 4,31%, e está próximo ao patamar de 2008, quando fechou em 5,90%, em um cenário de forte pressão inflacionária.
O aquecimento da economia brasileira, com desemprego em queda e renda em alta, além da valorização de algumas commodities agrícolas no mercado internacional, são apontados como as principais razões da retomada da inflação em 2010.
Para este ano, a expectativa do mercado é de que a inflação continuará preocupando e deverá ser um dos principais desafios da equipe econômica do governo Dilma Rousseff. Os economistas ouvidos pelo boletim Focus, do Banco Central, prevêem um IPCA de 5,32% em 2011.
MOTIVOS – Os economistas apontam duas razões, em especial, para o crescimento da inflação: o aquecimento da economia brasileira e a alta dos preços dos alimentos no mercado internacional.
No primeiro caso, a explicação está relacionada a fatores internos. O Brasil foi um dos países que mais rápido saiu da crise financeira internacional, com a melhora de diversos indicadores já em 2010.
Com desemprego em queda e renda em alta, os brasileiros voltaram a consumir no ano passado. Em um ano, o nível de crédito no país cresceu 20%, chegando a 46,3% do Produto Interno Bruto – PIB. “A alta dos preços também é reflexo desse aquecimento da demanda, em meio ao crescimento econômico do país”, diz a economista Ariadne Vitoriano, da Rosenberg & Associados.
Mas a inflação brasileira em 2010 não foi influenciada apenas pelo lado da demanda. A valorização das principais commodities agrícolas no mercado internacional também tem contribuído para alimentos mais caros. A cotação do café em grão, por exemplo, ficou 37% maior em um ano, enquanto o açúcar subiu 29% nos mercados internacionais.
Informações de portal Terra e BBC
FOTO: ilustrativa