Apenas depois da terceira semana que ocorreu o incêndio as atividades normais foram retomadas já em ritmo de final de semestre.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
Após passar um mês da tragédia que matou 239 pessoas na Boate Kiss, a Universidade Federal de Santa Maria – UFSM se prepara para entrar em recesso e achar maneiras para lidar com o luto. Pelo menos 117 alunos da instituição morreram no incêndio ou em consequência dele (queimaduras ou problemas respiratórios causados pela fumaça). Desses, 65 pertenciam ao Centro de Ciências Rurais, que inclui os cursos de agronomia, zootecnia e veterinária.
Mesmo que numericamente tenha perdido mais estudantes, o diretor do Centro de Ciências Rurais da universidade, professor Thomé Lovatto, diz que as mortes foram sentidas por todos. “O sentimento é o mesmo. Não dá para dizer que, porque nós perdemos numericamente mais, os outros perderam menos”, comenta. “A integração era muito grande entre os cursos. Os alunos se conheciam e conviviam”.
O professor da UFSM ainda afirma que é necessário haver um monitoramento aos alunos e professores, através de apoio de psicólogos durante as atividades. Entre 5% e 10% dos alunos têm crises de choro durante as aulas, como conseqüência, alguns trabalhos realizados precisam ser interrompidos. Nesses casos, os alunos não irão passar pelas avaliações do fim do semestre letivo, que acabará no dia seis de março, por causa de a um greve que ocorreu no ano passado.
As aulas vão ser retomadas no dia 1º de abril. Os professores e coordenadores dos cursos irão preparar uma “recepção diferenciada” para os alunos, afirma Lovatto. “Perdemos calouros na tragédia, que deveriam começar a vida acadêmica no semestre que será iniciado. Vamos ter de preparar uma recepção para quem perdeu esses colegas”, acrescentou.
Informações de Agência Brasil
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