Falta de leitos é uma das causas dos problemas registrados pelos hospitais que atendem pelo Sistema Único de Saúde, segundo promotora.
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A superlotação registrada nos últimos dias nas emergências dos hospitais que atendem pelo Sistema Único de Saúde em Porto Alegre é causada, entre outros motivos, pela falta de leitos.
A opinião é da promotora de Justiça Ângela Rotumo. Segundo ela, a Capital tem um déficit de 600 leitos na saúde pública. Além da carência de leitos, a promotora acredita que a atuação insatisfatória dos postos agrava o caos nas unidades de saúde.
Em 2007, o Ministério Público entrou com uma ação civil pública contra o município postulando aumento de leitos na Capital. O processo ainda aguarda decisão judicial. Ângela concedeu entrevista ao programa Atualidade, da Rádio Gaúcha.
“Há uma falta de 600 leitos, segundo levantamento em conjunto de representantes da saúde. E ainda faltam agilidade e resultados satisfatórios nos postos de saúde. Se parte dos problemas fosse resolvido nos bairros, a população não precisaria se deslocar às emergências dos hospitais”, disse.
Os principais hospitais da Capital amanheceram novamente superlotados nesta terça-feira, dia 24. Na emergência do Clínicas, enquanto a capacidade máxima é de 49 leitos, 106 pacientes eram atendidos por volta das 9h30min. A situação era a mesma no Conceição, onde 150 pessoas estavam na emergência — a unidade conta com 50 leitos.
No hospital São Lucas da PUCRS, a emergência também estava com os 27 leitos ocupados. No Menino Deus, havia fila de espera inclusive para pacientes de convênios particulares.
Informações de ZH
FOTO: reprodução / Cynthia Vanzella