O Vale – Como você avalia a cidade hoje?
Gustavo Finck – Desde o grupo de transição, os secretários estão sabendo do momento crítico financeiro que o município está passando. Sabemos também que temos que fazer avanços importantes na entrega de serviços de qualidade para a comunidade e que a comunidade precisa ter paciência nesse primeiro ano, pois vamos fazer os ajustes necessários para a cidade voltar a entregar serviços de qualidade e respeitar o cidadão hamburguense. Esse é o primeiro propósito de fazer uma economia, de fechar as torneiras e cuidar dos cofres públicos. O dinheiro é do cidadão, nós temos que entregar serviços de qualidade. Nesse primeiro momento vamos fazer então um decreto de calamidade financeira para poder fechar as torneiras, ver onde estão os gargalos, os erros da outra gestão. E que a gente possa avançar gradativamente para entregar serviços de qualidade.
Como você quer que a cidade esteja daqui quatro anos?
Daqui a quatro anos, a cidade tem que estar muito melhor do que nós encontramos. Não me coloquei à disposição para ser mais um igual aos demais que passaram, não que os demais cometeram somente erros, têm erros e têm acertos. Espero que o nosso governo seja um governo de muito mais acertos do que erros e que a gente possa devolver uma cidade pujante daqui para frente economicamente, socialmente e também que os índices de educação sejam melhores do que nós encontramos no início do mandato. Então nós temos vários desafios pela frente, mas que a cidade possa respirar um ar diferente. Esse é o sentimento que as urnas nos colocaram à disposição, que nós temos que entregar serviços de melhor qualidade e que a cidade esteja muito melhor do que nós encontramos.
Quais os principais desafios para a gestão?
Os principais desafios são na área da educação e da saúde pública, em que nós temos que melhorar muito, muito, muito, muito o atendimento à nossa comunidade. As duas áreas prioritárias do nosso governo serão a saúde pública e também a educação.
O que você não abre mão neste mandato?
Não abro mão de trabalhar muito pela nossa comunidade. Os secretários também têm essa missão de trabalhar e entregar resultados melhores para nossa comunidade. Não abro mão de trabalhar.
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Como você vê a cidade dentro do contexto da região?
Hoje, Novo Hamburgo perdeu a credibilidade da região. Novo Hamburgo sempre foi referência para os outros municípios, como referência para a Estância Velha, para São Leopoldo e para Campo Bom. E hoje esses municípios são referência para Novo Hamburgo. Então, eu espero que Novo Hamburgo possa alavancar a parte econômica para poder ajudar as outras áreas que a gente tem que ter e que a gente possa ser realmente a capital da região metropolitana. Novo Hamburgo precisa resgatar o prestígio que perdeu ao longo do tempo.
O que te fez escolher ser prefeito?
O que me fez escolher ser prefeito é ser um hamburguense apaixonado por Novo Hamburgo. Vi a cidade durante quatro anos, como vereador, perdendo protagonismo, perdendo respeito, perdendo o brilho do olhar do povo hamburguense. E isso me motivou a tentar virar prefeito, uma eleição muito difícil, uma eleição que tivemos bons candidatos junto com a gente, mas a população entendeu a necessidade da mudança e por isso tenho essa credibilidade da população de Novo Hamburgo que escolheu um jovem hamburguense e um vereador de primeiro mandato para fazer a mudança que a cidade precisa.
Qual o legado que tu queres deixar para a cidade e região?
O meu legado é que as crianças, que os jovens se sintam prestigiados, que sejam representados por um prefeito que trabalhou muito por eles, que plantou uma sementinha de mudança na cidade. Nós não podemos mais regredir, nós temos que avançar daqui pra frente. Então, eu acredito que deixando um legado positivo aí na parte da educação, uma melhora significativa na saúde pública e também na segurança pública. E o resto a gente vai conseguir fazer a zeladoria necessária da cidade, uma limpeza, cuidar embelezar a nossa cidade aos poucos, trazer eventos como o Natal, que isso esteja um avanço importante, que isso seja um pertencimento do povo hamburguense, as mudanças para Novo Hamburgo, para o hamburguense se sentir prestigiado.
Aproveitando o início do ano, qual a mensagem que tu deixas para tua comunidade?
A mensagem que deixo para a população de Novo Hamburgo é que vai ter um prefeito muito atuante, muito presente. Um prefeito que vai ter diálogo aberto com a comunidade, vai ter cobranças importantes de metas a serem cumpridas pelos nossos secretários para entregar um governo que atenda os anseios da nossa comunidade.
O povo de Novo Hamburgo precisa respirar novos ares. Eu preciso resgatar o brilho no olhar do povo hamburguense. E como eu sempre falei, Novo Hamburgo não precisa de uma rota de fuga. Novo Hamburgo precisa de um plano de voo. Eu espero que, junto com os secretários, junto com a comunidade, nós possamos entregar esses serviços, essas melhorias necessárias para a nossa cidade.
E eu vou ficar muito feliz daqui a quatro anos ser lembrado como um bom prefeito que a cidade teve. Então, é esse legado que quero deixar para a comunidade, para os meus filhos, para a minha família e que nós possamos construir uma família hamburguense, que possamos construir projetos coletivos daqui para frente. Nada de projetos individuais. Nós queremos projetos coletivos, porque é a comunidade que precisa ter a melhoria necessária, desde o atendimento à saúde, melhorias também na educação, no esporte, na cultura, no desenvolvimento econômico.