Governo tenta fechar acordo com professores, porém nem todas as entidades de sindicatos da categoria aceitam as propostas.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
A greve dos professores das universidades federais completa três meses nesta sexta-feira, dia 17 com um grande impasse entre o governo e os sindicatos da categoria.
O governo fechou um acordo de reajuste salarial com uma das entidades docentes, a Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior – Proifes. No entanto, as outras duas entidades docentes, o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino – Andes e o Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica e Tecnológica – Sinasefe, que iniciaram o movimento de greve, não aceitaram a proposta.
O governo federal diz que a negociação está encerrada e pressiona as reitorias das universidades a planejar o calendário de reposição de aulas. As principais reivindicações dos servidores são o aumento do piso salarial em 22,8% e a correção das pendências da carreira desde 2007. O piso atual é de R$ 1.034. Os servidores fizeram uma greve de quase quatro meses no ano passado, mas não houve negociação com o governo e a paralisação foi encerrada.
Governo apresenta propostas aos grevistas
Durante todo este período, o governo apresentou duas propostas aos grevistas. A primeira, apresentada no dia 13 de julho, daria reajuste de até 45% aos professores em 3 anos e traria impacto de R$ 3,9 bilhões aos cofres públicos, foi rejeitada.
A segunda proposta mantém o reajuste máximo de 45% em 3 anos, mas aumenta o piso do reajuste para 25%. O custo total será de R$ 4,2 bilhões até 2015. Pela nova proposta, o salário inicial, por exemplo, de um professor com doutorado e de dedicação exclusiva passará nos próximos três anos dos atuais R$ 7.627,02 para R$ 8.639,50.
Já o salário inicial dos professores iniciantes com mestrado e dedicação de 40 horas saltará de R$ 3.137,18 para R$ 3.799,70. A remuneração do professor titular com dedicação exclusiva passará de R$ 11,8 mil para R$ 17,1 mil. O governo propôs também diminuir a quantidade de níveis da carreira de professor universitário, de 17 para 13.
Até o dia 31, o governo enviará projeto de lei ao Congresso Nacional com os termos acordados no documento assinado nesta sexta e incluirá no Projeto da Lei Orçamentária Anual o valor que permitirá o pagamento, em 2013, da primeira parcela do reajuste proposto. As universidades federais estão com muitas de suas atividades administrativas paradas por causa da greve dos servidores técnico-administrativos, iniciada em 11 de junho.
Para os servidores das universidades, o governo manteve sua oferta anterior de 15,8% de reajuste parcelado em três vezes até 2015, já apresentada na semana passada. A novidade foi a reestruturação de alguns cargos, o que provocou aumento do orçamento de R$ 1,7 bilhões para R$ 2,9 bilhões. Os servidores, porém, reivindicam aumento de 25%, sendo 15% já em 2013.
Informações de G1
FOTO: reprodução / G1