Congestionamento na capital paulista formado na manhã foi o maior desde o início da medição feita pela Companhia de Engenharia de Tráfego – CET, de acordo com a empresa.
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A greve parou trechos de linhas do Metrô ao longo desta quarta-feira, dia 23. A cidade registrou recorde histórico de congestionamento no período da manhã, com 249 km às 10h. Duas linhas da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos – CPTM também foram paralisadas.
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A audiência de conciliação entre funcionários e diretoria da companhia está marcada para as 17h desta quarta-feira, 23, segundo o Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região – TRT. Um acordo entre representantes do governo e dos sindicatos envolvidos na greve do Metrô foi fechado em reunião realizada na Justiça do Trabalho durante a tarde em São Paulo.
Na reunião entre o Metrô e o sindicato, o principal ponto definido foi o reajuste salarial de 6,17%. A companhia não informa quanto do índice é composto de reajuste de inflação e quanto é aumento salarial real.
Inicialmente, o Sindicato dos Metroviários chegou a pedir reajuste salarial de 5,39%, com aumento real de 14,99%. O acordo obtido foi “o possível”, disse ao final da audiência o presidente do sindicato, Altino de Melo Prazeres Júnior. “Satisfeito eu não estou, mas foi o possível. O reajuste está aquém, mas temos muita preocupação com a sociedade”.
O Metrô cedeu a uma das reivindicações e não vai descontar as horas de paralisação desta quarta-feira. A empresa, porém, não abriu mão de que seja cobrada a multa de R$ 100 mil por dia de greve, conforme determinado pelo TRT. A Justiça do Trabalho havia decidido em reunião na terça-feira, dia 22, que o sindicato mantivesse 100% da frota funcionando durante os horários de pico e 85% nos demais horários, e proibiu a liberação das catracas.
Caso as determinações não fossem cumpridas, o sindicato seria obrigado a pagar a multa diária. Caso seja multado, o sindicato afirma que vai recorrer ao Tribunal Superior do Trabalho – TST. O Metrô disse ter solicitado à Justiça que a multa seja aumentada para R$ 1 milhão, caso o sindicato volte a descumprir a determinação.
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, havia classificado as motivações da greve no Metrô e na CPTM de “político-eleitoreira”. O presidente do Sindicato dos Metroviários, Altino de Melo Prazeres Júnior, rebateu a crítica e disse que a intenção do protesto não é prejudicar as pessoas.
“A intenção não era prejudicar a população, tanto que lançamos ao governo o desafio de deixar a catraca livre”, comenta Altino. “Acredito que ele está tentando criar uma explição. Queremos resolver essa demanda independentemente de qual governo seja”, afirmou. “Temos desacordo tanto com governo federal quanto estadual”, disse.
Recife soma 10 dias de greve
A greve dos metroviários do Recife entra no seu décimo dia nesta quarta-feira, dia 23, e ainda sem previsão de fim. As linhas Sul (Recife-Cajueiro Seco) e Centro (Recife-Camaragibe) do Metrorec, além das linhas Diesel (Cajueiro Seco-Cabo e Cajueiro Seco-Curado), continuam funcionando apenas no horário de maior movimento, de segunda a sexta, das 5h às 8h30min e das 16h30min às 20h, e aos sábados, das 5h às 13h. Fora desses intervalos, os trens não circulam e as estações ficam fechadas.
O início da paralisação ficou decidido na última segunda-feira, dia 14, e está afetando cerca de 260 mil passageiros que utilizam o transporte ferroviário na Região Metropolitana do Recife.
De acordo com informações da assessoria de comunicação da CBTU-Metrorec, o esquema de funcionamento de horário de pico trabalha com 100% dos trens, não causando prejuízos aos passageiros que utilizam o transporte nesse horário. Nos horários em que o metrô fica sem funcionar, o Grande Recife Consórcio de Transportes está reforçando as linhas de ônibus, interligando algumas estações.
O Grande Recife Consórcio de Transportes está mobilizando até 30 veículos para atender os usuários do metrô, nos horários em que as linhas não estiverem funcionando. O esquema ainda terá o prolongamento do itinerário da linha Camaragibe/CDU, estocagem de veículos e monitoramento feito pela equipe de fiscalização do Grande Recife.
Informações de G1
FOTO: Luiz Guarnieri / AE