Processo começa na manhã de segunda, dia 15, e dura o dia inteiro. Clube irá restaurar a peça de quase 30 anos, um dos maiores orgulhos da torcida tricolor.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
Um marco da despedida do Olímpico foi colocado em prática na manhã desta segunda-feira, dia 15. Com a ajuda de um guindaste, uma equipe de técnico e engenheiros começou a retirada do letreiro que há três décadas orgulha a torcida do Grêmio. A peça com a inscrição “campeão do mundo” vai ganhar novo endereço, a Arena.
A retirada se dará em quatro partes e durará toda a segunda. O primeira pedaço a ser removido foi a palavra “Grêmio”. Antes de ir à Arena, deverá repousar um ou dois dias ainda no Olímpico e depois passar por um processo de restauração, que deve levar até três semanas. A ideia de construir uma réplica foi abandonada, portanto, a casa do Humaitá terá só uma placa, como a da Azenha.
Sob responsabilidade da empresa Ramos de Andrade, que cuida da implosão do Olímpico, a mudança do letreiro obedecerá a um cuidadoso processo. Ele começou na sexta-feira, dia 12, com a retirada da luz neon das letras. A restauração será feita na Arena.
O clube estuda, em conjunto com a administração da Arena Porto-Alegrense, realizar um evento para marcar a inauguração do letreiro na Arena. A sua retirada marca um importante passo para a implosão do Olímpico, marcada para outubro. Outras peças também já deixaram o estádio.
Vestiário do Olímpico vai para CT da Arena
Além do letreiro, a ideia é levar outras boas lembranças do Olímpico à Arena. A capela, por exemplo, localizado ao lado do pórtico. Todas as peças religiosas, inclusive vitrais confeccionados na Alemanha, serão preservados e alojados num novo espaço na casa do Humaitá, que deve ser construído próximo ao estacionamento.
O vestiário dos profissionais do Olímpico será replicado no espaço dos visitantes no novo Centro de Treinamentos. Já o vestiário do Grêmio no CT vai seguir o padrão do erguido na Arena.
Ainda sobre o CT: a proposta de levar o pórtico de entrada do Olímpico, construído em 1971 em homenagem ao lateral Everaldo, não deve ser posta em prática. O material, de acordo com engenheiros consultados pelo Grêmio, se desmancharia já na tentativa de retirada.
Empresa da implosão ocupará Loja GrêmioMania
A nostalgia é o grande carro-chefe, mas também há espaço para o novo. Um estátua de 1.500 kg está sendo confeccionada em um ateliê em Florianópolis. Será uma homenagem ao torcedor, garante Felipe Herrmann, sem entrar em detalhes sobre a obra, a ser instalada numa das rampas de acesso da Arena, assim que ficar pronta.
A Ramos Andrade, empresa contratada pela OAS para o processo de implosão do Olímpico, começou na semana passada uma série de estudos na área do estádio. Assim que a Loja GrêmioMania migrar para a Arena, os engenheiros responsáveis a transformarão numa espécie de QG para acelerar o processo.
O local que antes recebia os clientes do restaurante Ovelhão já é usado para reuniões semanais da Ramos Andrade com a população da região. Cerca de 3 mil pessoas serão afetadas com o fim do Olímpico, que exigirá o isolamento de um raio de 4 km do estádio por oito horas. Passado, presente e futuro se misturam no Grêmio, um clube com duas casas. Até outubro.
Informações de globoesporte.com
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