Posição foi recomendada pelo departamento jurídico do clube e se baseia em protocolo da CBF para o retorno do público aos estádios.
O Grêmio ameaça não entrar em campo na partida contra o Flamengo, pelo jogo de volta das quartas de final da Copa do Brasil, caso seja permitida a presença de público no Maracanã. A partida está marcada para a próxima quarta-feira, dia 15, às 21h30.
O clube alega falta de isonomia e cita o protocolo estabelecido pela CBF para o retorno de público aos estádios. Pelo documento, a presença de torcida em jogos de mata-mata só seria permitida caso os dois clubes possam contar com permissão para tal. Como não houve torcida no jogo de ida, em Porto Alegre, o Grêmio entende que as mesmas condições devem ser mantidas no jogo de volta.
Na terça-feira, a prefeitura do Rio de Janeiro acatou o pedido do Flamengo e liberou a presença de público nos três próximos jogos da equipe, a partir do duelo contra o Grêmio pela Copa do Brasil. Serão eventos-teste, com 35% a 50% da capacidade do estádio. O segundo jogo também é contra o Grêmio, no dia 19, pelo Campeonato Brasileiro.
Na quarta, 19 dos 20 clubes que disputam a Série A do Brasileirão – menos o Flamengo – participaram de uma reunião com a CBF e decidiram que os jogos da Série A vão continuar sem a presença de público pelo menos até 28 de setembro.
Os 19 clubes também decidiram entrar em conjunto com uma ação no STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) para tentar derrubar a liminar concedida pelo tribunal ao Flamengo que permite presença de público nos jogos da equipe.
O clube carioca recusou o convite para participar da reunião na CBF e divulgou uma nota oficial, na qual afirma que “não cabe aos clubes ou à CBF” deliberar sobre a presença de público nos estádios.
A posição do Grêmio é baseada em um trecho do protocolo elaborado pela Comissão Médica Especial e pela Diretoria de Competições da CBF para o retorno do público aos estádios, divulgado no dia 16 de agosto. Veja o que diz o texto:
“Em partidas ida e volta (mata-mata), no caso de um dos clubes envolvidos não ter autorização pelo órgão sanitário local para receber público no estádio, ambas as partidas não terão público. Exemplo: Clube A da UF 1 tem permissão pela autoridade sanitária local para receber público máximo de 20% do estádio, enquanto Clube B da UF 2 não tem permissão pela autoridade sanitária local para receber público (0% do estádio). No caso de confronto entre as equipes em formato eliminatório ida e volta, nem Clube A nem Clube B poderão receber público nos seus respectivos estádios”.
Foto: Alexandre Vidal / CRF