Aplicação do exame divide da opinião dos estudantes: enquanto uns o acham uma forma eficaz de avaliação, outros não fariam o exame se fosse opcional.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
Neste domingo, dia 06, 376 mil universitários fizeram a prova do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes – Enade. E mesmo após sete anos de exame, a aplicação da prova ainda divide opiniões, já que o exame é obrigatório para a retirada de diploma.
A maior reclamação dos acadêmicos é, segundo eles, a ineficiência de apenas uma prova feita para avaliar todo o conteúdo de um curso que dura anos. “Acho que não é uma forma eficaz de avaliar, porque muita coisa lá de trás do curso eu não lembro mais, mas por outro lado os temas foram pertinentes com a área e eu acho que é o mínimo que o estudante deve saber”, avaliou Yuri Vieira, do curso de ciências biológicas.
Thâmise de Carvalo, que também cursa ciências biológicas, é a favor do Enade. “Ao contrário do que muitos dizem, não acho que o Enade é só para a universidade. Eu acho que é importante para saber se você está conseguindo guardar alguma coisa depois do curso”, destacou a acadêmica. Suas principais reclamações foram a metodologia da prova, que tem perguntas grandes e foca em algumas áreas do conhecimento, prejudicando outras áreas.
Outra polêmica da prova é a sua obrigatoriedade, já que jovens muitas vezes fazem a prova sem leva-la a sério, apenas para ganhar seu diploma. “Na minha sala, várias pessoas entregaram a prova 15 minutos depois de ter começado. Seria melhor que só fosse quem realmente quer ser avaliado”, acredita a futura arquiteta, Isabela Gardés. Grande parte dos jovens, em entrevista, admitiu que não faria a prova se fosse opcional.
Em contraponto, Silvana de Araújo, aluna do curso de pedagogia, critica a postura de diversos acadêmicos que não fariam a prova para não perder um domingo de folga. “A prova não é difícil, e mesmo que não fosse obrigatório eu viria para me avaliar e para saber como o meu curso está em relação aos outros. Mas sei que a maioria das pessoas não pensa assim”, afirmou a estudante.
Informações de Agência Brasil
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