Policiais militares da capital rejeitaram a proposta que tem reajuste diferenciado por categoria; querem que todos recebam o mesmo percentual.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
Em assembleia feita na manhã desta segunda-feira, dia 19, os policiais militares de Porto Alegre rejeitaram o reajuste salarial diferenciado por categoria.
No reajuste, o governo ofereceu 23% para cabos e soldados e variação de 11% a 18% para sargentos, subtenentes e tenentes. Os policiais militares de Porto Alegre querem que todos recebam o mesmo percentual, mas no interior algumas assembleias foram a favor da proposta.
O presidente da Associação de Cabos e Soldados – Abamf, Leonel Lucas, aguarda a resposta das assembleias regionais. “Queremos que melhore os índices para todo mundo. Mas essa é uma posição da Capital. O aumento tem que vir de soldado a tenente. Foi o que decidimos agora”, disse Lucas sobre a decisão da Polícia Militar na capital do Estado.
A Associação de Sargentos, Subtenentes e Tenentes da Brigada Militar – ASSTBM, tem a mesma posição que a PM de Porto Alegre. “A tendência é de que a categoria busque o aumento linear para todos os servidores de nível médio. Mas a assembleia é soberana e vai decidir a posição”, explicou o presidente Aparício Santeleno, que aguardar a decisão da assembleia na próxima quarta-feira, 28.
Cinco assembleias do interior já enviaram resposta, no total são 17. Caxias do Sul, Passo Fundo, Livramento, Rio Pardo e Vacaria aprovaram a proposta do governo, se opondo a decisão da capital. A decisão será levada ao governo em reunião no Palácio Piratini e deve ter uma posição mais abrangente.
Desde o dia 4 de agosto, a campanha pelo reajuste salarial motivou mais de 70 manifestações no Rio Grande do Sul. A Corregedoria da Brigada Militar investiga a autoria dos protestos, sendo que a maioria envolve pneus queimados em rodovias, bonecos fardados e falso explosivo.
A manifestação mais recente ocorreu nesta segunda-feira, 19, na freeway de Cachoeirinha. No viaduto foi colocado um boneco fardado e uma faixa escrita “BM verticalidade já ou greve”. Outro protesto registrado ocorreu na BR-392 em Rio Grande, onde pneus foram queimados na rodovia e uma faixa foi deixada reivindicando melhores pagamentos.
Informações de Zero Hora
FOTO: divulgação / Polícia Rodoviária Federal