Presidente iraniano acredita que o Brasil não irá adotar as novas sanções da ONU ao país, que é suspeito de produzir armas nucleares.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
Mahmoud Ahmadinejad, presidente do Irã revelou nesta quinta-feira, dia 10, que espera o apoio da presidente Dilma Rousseff no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas – ONU, a fim de impedir a adoção de mais sanções ao país, que é suspeito de produzir armas nucleares.
Em entrevista à Agência Brasil, o embaixador do Irã, Mohsen Shaterzadeh Yazdi, e o presidente do grupo parlamentar Brasil-Irã, deputado Ali Adiani Rad, revelam expectativas em relação a decisão do governo brasileiro. “Esperamos que a presidenta Dilma Rousseff tenha uma posição independente e não fique sob influência dos inimigos do Irã. Nosso programa nuclear tem fins pacíficos, não produzimos armas. Isso é resultado da propaganda negativa contra o Irã”, afirmou Adiani Rad.
Quando se referem aos inimigos do Irã, os iranianos falam dos Estados Unidos, que podem liderar um movimento na ONU a favor da imposição de mais sanções ao Irã. Isso acontece por conta do vazamento de uma parte do relatório da Agência Internacional de Energia Atômica – Aiea, que levantaria suspeitas sobre o programa nuclear iraniano. Técnicos da Aiea avaliaram que há sinais de produção de armas nucleares.
Porém, os representantes do Irã acreditam que o Brasil não deve apoiar ações negativas no Conselho de Segurança da ONU. “Eu acho que o governo brasileiro não apoiará as medidas dos Estados Unidos e dos seus aliados . Sei que o governo brasileiro vai examinar em detalhes o relatório da agência (Aiea) e perceberá que não há produção de armas nucleares no Irã”, declarou o diplomata iraniano.
O embaixador Tovar Nunes, ainda, destacou a busca pelo diálogo do governo brasileiro, que se esforça para desenvolver um programa nuclear com fins pacíficos. O clima, até agora, é de cautela. O governo brasileiro aguarda a divulgação oficial do relatório da Aiea nesta sexta-feira, 11, que será analisado detalhadamente.
Informações de Agência Brasil
FOTO: reprodução