De forma gradual, o Brasil vai se despedindo das gotinhas como ferramenta de luta contra a Paralisia Infantil. Foi deste tipo de imunizante que surgiu o símbolo da vacinação no Brasil o personagem Zé Gotinha, na década de 80. Na luta pela erradicação da Poliomielite nas Américas – provocada pelo Poliovírus – apenas as duas gotinhas era eficaz. Mas atualmente o esquema de vacinação já suplantou a vacina oral e utiliza ainda doses injetáveis.
De acordo com esquema divulgado pelo Ministério da Saúde, as três primeiras doses são injetáveis (aplicadas aos 2 meses, aos 4 meses e aos 6 meses de vida). Ainda pelo Calendário Nacional de Vacinação, em seguida devem ser administradas mais duas doses orais “de reforço” (aos 15 meses de vida e a última, aos 4 anos).
A orientação é que anualmente todas as crianças menores de 5 anos sejam levadas aos postos de saúde durante a Campanha Nacional de Vacinação contra Polio. Essa é uma ação dos pais para checagem da caderneta e atualização das doses. Mesmo as crianças que estão com o esquema vacinal em dia, mas sejam da faixa etária definida, devem receber as gotinhas ou doses de reforço.
Fim gradual das gotinhas
A partir de 2024, o Brasil passa a substituir gradativamente a vacina oral contra a pólio pela dose injetável, versão inativada do imunizante. Com a mudança, a vacina injetável, já utilizada nas três primeiras doses do esquema vacinal, será disponibilizada também como dose de reforço aos 15 meses. Já a segunda dose de reforço, até então administrada aos 4 anos, deixará de existir.
A substituição foi debatida e aprovada pela Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização (CTAI), que considerou novas evidências científicas para proteção contra a doença. Em nota, o ministério reforçou que a atualização não representa o fim imediato das gotinhas, mas um avanço tecnológico para maior eficácia do esquema vacinal.
Redução de casos
Dados do ministério indicam que, desde 1989, não há notificação de casos de pólio no Brasil. As coberturas vacinais contra a doença, entretanto, sofreram quedas sucessivas ao longo dos últimos anos. Em 2022, por exemplo, a cobertura ficou em 77,19%, longe da meta de 95%.
*informações são da Agência Brasil
Novas cadernetas aos flagelados
Foram entregues na segunda-feira, dia 17, pelo setor de Suprimentos da Secretaria Estadual da Saúde (SES), o primeiro lote de 110 cadernetas da criança. Ao todo serão cerca de 10.000 enviadas a municípios que foram atingidos pelas enchentes, para suprir os documentos que foram perdidos ou avariados.
A distribuição está sendo organizada pela Secretaria Estadual da Saúde em conjunto com o Ministério da Saúde. As cadernetas estão sendo distribuídas de forma excepcional para crianças menores de cinco anos.
Até sexta-feira, 21, serão entregues as cadernetas destinadas a municípios de mais nove regionais de saúde. Para a 1ª CRS (Coordenadoria Regional de Saúde) sede Porto Alegre, que inclui cidades da Região Metropolitana, são 3.450 unidades.
*Com informações Secretaria de Saúde do RS.