O direito só foi concedido depois que os advogados do goleiro conseguiram a transferência do processo para a comarca de Contagem – MG.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
O juiz Wagner Cavaliera, do Tribunal de Justiça de Minas Gerais – TJ-MG, concedeu nesta terça-feira, dia 29, liberdade condicional ao goleiro Bruno apenas no processo em que ele foi condenado a quatro anos e seis meses de prisão no Rio de Janeiro.
Em outubro de 2010, o ex-jogador do Flamengo foi julgado por cárcere privado, lesão corporal e constrangimento ilegal contra a ex-amante Eliza Samudio.
A decisão não liberta o goleiro porque ele responde a outros processos. Ele só poderá ser solto caso o Supremo Tribunal Federal – STF conceda habeas-corpus para o atleta no processo que ele responde, em Minas Gerais, pela morte de Eliza.
O TJ-MG informou que, desde o dia 06 de janeiro de 2012, Bruno já tinha o direito de receber liberdade condicional, mas ela só foi concedida depois que os advogados do goleiro conseguiram a transferência do processo para a comarca de Contagem – MG.
Entenda o caso
Eliza desapareceu no dia 04 de junho de 2010 quando teria saído do Rio de Janeiro para Minas Gerais a convite de Bruno. No dia 24 de junho, a polícia recebeu denúncias anônimas de que Eliza havia sido espancada por Bruno. Na noite do dia 25 de junho, a polícia foi ao local e recebeu a informação de que o bebê apontado como filho do atleta, então com quatro meses, estava lá.
A então mulher do goleiro, Dayanne Rodrigues do Carmo Souza, negou a presença da criança na propriedade. Enquanto a polícia fazia buscas ao corpo de Eliza seguindo denúncias anônimas, um motorista de ônibus disse que seu sobrinho participou do crime e contou em detalhes como Eliza foi assassinada.
Segundo a polícia, o jovem de 17 anos relatou que a ex-amante de Bruno foi levada do Rio para Minas, mantida em cativeiro e executada pelo ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, conhecido como Bola ou Neném, que a estrangulou e esquartejou seu corpo.
No dia seguinte, a mulher de Bruno foi presa. Após serem considerados foragidos, o goleiro e seu amigo Luiz Henrique Romão, o Macarrão, se entregaram à polícia. Pouco depois, Flávio Caetano de Araújo, Wemerson Marques de Souza, o Coxinha Elenilson Vitor da Silva e Sérgio Rosa Sales, também foram presos.
Todos negam participação e se recusaram a prestar depoimento à polícia, decidindo falar apenas em juízo. A investigação apontou também a participação de uma namorada do goleiro, Fernanda Gomes Castro. O jovem de 17 anos, foi condenado no dia 09 de agosto pela participação no crime e cumprirá medida socioeducativa de internação por prazo indeterminado.
Em 17 de dezembro, a Justiça mineira decidiu que Bruno, Macarrão, Sérgio Rosa Sales e Bola serão levados a júri popular por homicídio triplamente qualificado. Dayanne, Fernanda, Elenilson e Wemerson também irão a júri popular. Além disso, a juíza decidiu pela revogação da prisão preventiva dos quatro. Flávio, foi absolvido. Além disso, nenhum deles responderá pelo crime de corrupção de menores.
Informações de Terra
FOTO: Lucas Prates / Futura Press