Iniciativa surge menos de um mês após presidente Dilma Rousseff encaminhar projeto que destina um quinto das vagas em concursos federais para população negra.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
O governo do Estado de São Paulo vai criar uma cota racial no serviço público estadual. O projeto do governador Geraldo Alckmin (PSDB) reserva 35% das vagas na administração direta e indireta (empresas públicas) para negros e indígenas.
A iniciativa surge menos de um mês após a presidente Dilma Rousseff encaminhar ao Congresso Nacional projeto que destina um quinto das vagas em concursos públicos federais para a população negra.
O Estado apurou que Alckmin vai anunciar o envio à Assembleia Legislativa de um projeto de lei que autoriza o Estado a criar uma política de inclusão. Um decreto definirá as regras de reserva de vagas, que deve valer para os editais dos concursos, bem como para cargos comissionados e também nas empresas estatais.
A escolha de reservar 35% das vagas segue a proporção censitária no Estado de pessoas autodeclaradas pretas, pardas e indígenas. A classificação toma por base quesitos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. No projeto federal, a proporção é de 20%.
Depois que o governo federal aprovou as cotas para alunos da escola pública, negros e indígenas nas universidade federais no ano passado, Alckmin também pressionou as instituições estaduais de ensino superior (USP, Unicamp e Unesp) a criar política similar.
O governador chegou a anunciar, ao lado dos reitores, programa de reserva de vagas para alunos de escola pública, atendendo porcentuais de pretos, pardos e indígenas.
Informações de estadão
FOTO: reprodução / veja.abril