Informação das caixas-pretas sugere que as sondas de velocidade da aeronave congelaram, o que provocou uma falha na velocidade do Airbus.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
O vôo 447 da Air France Rio-Paris, que desapareceu no Atlântico no dia 1º de junho de 2009 com 228 pessoas a bordo, teria sofrido uma súbita parada provocada pelo gelo acumulado nas sondas Pitot.
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A informação é do semanário alemão Der Spiegel. Citando um especialista que pediu o anonimato, garante que as causas exatas do acidente não são conhecidas, mas que a informação das caixas-pretas sugere que as sondas de velocidade da aeronave, conhecidas como sondas Pitot, congelaram, o que provocou uma falha na velocidade do Airbus. O caso é seguido de perto na Alemanha, já que 28 passageiros do vôo eram alemães.
O acidente ocorreu em um lapso de quatro minutos, segundo as informações reveladas pelas caixas-pretas, a quase quatro mil metros de profundidade. Segundo a gravação, o piloto chefe do vôo, Marc Dubois, não estava na cabine quando os alarmes soaram.
“Pode-se ouvir ele chegando correndo à cabine e ‘gritando instruções aos seus dois copilotos’”, afirma o especialista ao semanário. “A informação gravada indica uma queda abrupta do avião pouco depois que os indicadores de velocidade falharam, como resultado de uma parada do avião.”
O avião parecia ter evitado uma área de fortes turbulências, mas suas sondas Pitot tinham partículas de gelo. Não está claro se isto foi conseqüência de um erro do piloto ou se os computadores da aeronave saltaram automaticamente para compensar o que parecia ser uma súbita perda de potência, disse a publicação.
Especialistas afirmaram na sexta-feira passada, 20, que no fim da próxima semana divulgarão oficialmente as primeiras descobertas sobre as informações contidas nas caixas-pretas do avião, recuperadas do fundo do oceano.
Informações de ZeroHora.com
FOTO: reprodução / Johann Peschel-AFP