Lucas Sperb, de 18 anos, está entre os 8 mil selecionados pela companhia. Garoto ganhou chance após desenvolver aplicativo para o óculos.

Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)

“Parabéns, agora você é um Glass Explorer”. Essa era a primeira frase de um e-mail recebido pelo estudante de biomedicina Lucas Sperb, de 18 anos, escolhido para ser uma das 8 mil pessoas que vão testar neste ano o Google Glass, um dos produtos mais aguardados no mundo da tecnologia.

O jovem, natural de Camaquã, na Região Sul do Rio Grande do Sul, desenvolveu um aplicativo para a plataforma Android em que o usuário poderá enxergar letras de músicas e as notas que devem ser tocadas em determinado instrumento. O lançamento oficial do óculos da Google está previsto para o fim de 2013, mas Lucas deve viajar em julho para a participar da experiência de cinco dias em Nova York, nos Estados Unidos.

Em entrevista ao portal de notícias G1, o estudante falou sobre a oportunidade de conhecer a sede da companhia americana e de poder trazer o produto ao Brasil. “Posso dizer que sou o nerd mais feliz do mundo neste momento. É uma coisa fantástica. Todo mundo que acompanha esse projeto tem uma vontade enorme de experimentar o óculos, de saber como vai funcionar. Você pode assistir quantos vídeos quiser, mas só vai entender realmente quando utilizá-lo. E eu vou ter essa chance única”, comemora o jovem.

Feevale

A ideia surgiu quando Lucas saía de uma aula na Feevale, universidade localizada em Novo Hamburgo, no Vale do Sinos. Em poucas horas, ele elaborou um projeto e enviou a sugestão de aplicativo pelo Google+ em cima da hora, na data limite para a inscrição no projeto “If I Had a Glass”, em 31 de março.

Um mês depois, veio a confirmação. “Publiquei minha ideia com a mínima pretensão de participar. Demorou uns 30 dias desde que registrei a postagem até a chegada do e-mail confirmando que eu tinha sido escolhido. Foi uma alegria imensa”, conta.

Mas para o sonho virar realidade, Lucas buscou apoio na universidade. E conseguiu. “Eles vão patrocinar minha viagem aos Estados Unidos e a compra do óculos. A Feevale e o Santander vão me apoiar nesse objetivo. Quero trazer o Google Glass ao Brasil e trabalhar com ele”, diz o jovem. O pacote da viagem custará US$ 5 mil, um investimento com retorno certo, segundo ele. “Pretendo me formar na universidade e depois seguir nesse ramo. Quero abrir uma empresa que desenvolva aplicativos para o dispositivo. Se tudo der certo, vou conseguir”, vislumbra.

“Participar disso é uma coisa histórica. Tenho uma imagem muito positiva desse produto. Ele pode ser utilizado para inúmeras atividades, pode ser programado para muitos tipos de área. Acredito na consolidação do óculos no mercado da tecnologia. Acho que ele vai mudar o jeito que a gente vive. É o primeiro passo para o futuro”, define. “Só espero que o Brasil supere algumas barreiras tecnológicas, que nossa conexão com a internet melhore nos próximos anos para poder usufruir tudo que o Google Glass dispõe”.

Google Glass

Prometido para chegar às lojas dos Estados Unidos no fim de 2013 por US$ 1,5 mil, o Google Glass já começou a ser disponibilizado para poucos selecionados. Os óculos de “realidade aumentada” vêm em cinco cores, são resistentes e leves.

Conforme a companhia americana, os óculos permitem tirar fotos de 5 megapixels (MP) e fazer vídeos de 720p. O dispositivo tem ainda 12 GB de armazenamento interno e conexões Wi-Fi e Bluetooth.

O dispositivo será totalmente conectado à internet e integrado a redes sociais. Além de tirar fotos e gravar vídeos em alta definição, ele permite buscar itinerários de trânsito e fazer ligações a partir de uma armação conectada a um prisma que projeta as imagens, como uma espécie de smartphone “vestido”. De acordo com os Termos de Uso, os compradores não podem repassar o aparelho adiante, de qualquer forma, antes de pedir autorização do Google.

Informações de globoesporte.com

FOTO: reprodução / m.baguete