Diane Samar da Silva, 21 anos, diz ter esquecido de registrar números de bolão vendidos pela casa lotérica e sorteados na Mega Sena. Investigação segue mesma linha.
Felipe de Oliveira [email protected]
Um vídeo de câmeras de segurança e uma confissão da funcionária responsável pelos bolões na Esquina da sorte.
Elementos que poderiam levar a polícia a concluir que não houve crime no caso dos apostadores da Mega Sena lesados em Novo Hamburgo. Não para o delegado Clóvis Nei da Silva.
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Diane Samar da Silva, 21 anos, prestou depoimento por quase três horas na tarde desta quinta-feira, dia 25, e admitiu não ter registrado os números vendidos em um bolão da loteria que acabaram sorteados pela Caixa Econômica Federal. O jogo valeria R$ 53 milhões.
A jovem chegou à 2ª Delegacia de Polícia de Novo Hamburgo acompanhada pela advogada Graziela Moraes e saiu sem falar com a imprensa. O silêncio será, aliás, a estratégia adotada pela defesa até o final do inquérito policial, segundo a advogada.
Para o delegado responsável, a confissão não afasta a hipótese de estelionato. “Estamos trabalhando com a hipótese de crime. O inquérito está aberto por estelionato. Precisamos averiguar se houve má fé”, explica Clóvis da Silva. Ele quer saber também se a situação se repetiu em oportunidades anteriores em que os números de eventuais bolões não foram sorteados. A versão de esquecimento não convenceu os apostadores, que não abrem mão de brigar pelo prêmio na Justiça.
Colega confirma esquecimento
Quem também falou à polícia foi a colega de Diane da Silva que aparece no vídeo apresentado pelo dono da lotérica, José Paulo Abend. Nas imagens, as duas funcionárias aparecem conferindo os jogos na lotérica no sábado, dia 20 de fevereiro, logo após o sorteio da Mega Sena. Fátima Schon confirmou a versão de esquecimento.
“Bateu o desespero. Ela (Diane) ligou para o Paulo (proprietário) e ele autorizou nós ir até a lotérica. Ela olhou e estava as três matrizes embaixo do caixa dela”, sustenta Fátima. Em entrevista à RBS TV, lembra ainda que o pai de Diane seria um dos apostadores do bolão premiado. Seriam três jogos não registrados de quatro vendidos. Fátima e outros três funcionários da Esquina da Sorte também se dizem proprietários de cotas e pretendem processar a Caixa Federal e a lotérica.
Com informações de rádio Gaúcha e RBS TV
FOTO: Felipe de Oliveira / novohamburgo.org