Pelo segundo dia, 115 cardeais não conseguem chegar a um consenso e nenhum nome obtém dois terços dos votos para suceder Bento XVI.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
A chaminé da Capela Sistina voltou a emitir fumaça preta às 11h39min desta quarta-feira, dia 13, (7h39min em Brasília) – indicativo de que a Igreja Católica continua sem papa. Os 115 cardeais que estão isolados no interior da capela realizaram a segunda ou terceira votação do conclave nesta manhã, mas não chegaram a um consenso.
A chaminé na Praça São Pedro serve como um indicativo para os fiéis – se a fumaça sai preta, significa que os cardeais não escolheram um novo papa e a votação deve prosseguir. Se sair branca, quer dizer que um novo papa foi eleito. Para ser eleito pontífice, o cardeal necessita de uma maioria de dois terços.
Antes de seguirem para a Capela Sistina nesta quarta, os cardeais participaram de uma missa pela manhã na Capela Paulina, no Palácio Apostólico do Vaticano. Peregrinos e turistas começaram a chegar no início da manhã à praça de São Pedro, com a esperança de ter um vislumbre da história assistindo fumaça sair da chaminé da Capela Sistina.
Na terça-feira, a missa “Pro Eligendo Romano Pontífice” marcou a abertura do conclave. Durante a celebração, o cardeal decano Angelo Sodano pediu unidade da Igreja Católica e fez um apelo aos cardeais eleitores para que deixassem suas diferenças de lado pelo bem da Igreja e pelo bem do próximo papa.
Depois, eles seguiram em procissão até a Capela Sistina, entoando a Ladainha dos Santos, canto que implora aos santos uma intermediação na difícil tarefa de escolher o sucessor de São Pedro. Após o juramento de segredo e do comando em latim “extra omnes” (todos fora), o mestre de cerimônia ordenou que todos os que não estão envolvidos na votação deixassem a capela e as portas do local foram fechadas .
Favoritos
O conclave acontece em meio a incertezas e convulsões: não há um favorito claro , não há indicação de quanto tempo a votação deverá durar e nenhuma chance de que um único homem consiga reunir todas as características necessárias a um papa nesse momento.
O burburinho girava em torno do cardeal Angelo Scola, italiano tido como favorito entre aqueles que pretendem modificar a poderosa burocracia do Vaticano, o cardeal brasileiro Odilo Scherer, é favorito pelos burocratas internos do Vaticano que querem preservar seu status. Outros nomes também surgiram, como o canadense Marc Ouellet, que chefia a Congregação para os Bispos, e o cardeal americano Timothy Dolan.
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