Mulher classificada como “narcisista, possessiva e violeta” teria mantido o corpo de Jean-François Poinard em um congelador por dois anos.
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Uma francesa de 51 anos confessou ter matado a socos seu companheiro septuagenário e guardado o corpo durante quase dois anos em um freezer no apartamento do casal em Lyon, no sudeste do país.
Guylène Collober está presa e deve ser indiciada nesta quinta-feira, dia 12, por homicídio culposo, segundo o Ministério Público da França. O corpo do aposentado Jean-François Poinard, de 71 anos, ex-dono de um antigo restaurante em um vilarejo nos arredores de Lyon, foi descoberto na terça-feira, 10, em uma batida da polícia no apartamento do casal.
Segundo o procurador de Lyon, Marc Desert, pode se tratar do caso de um homem vítima de violência doméstica. “Isso acontece, mesmo que seja mais raro do que a violência contra as mulheres”, disse. O procurador descreveu a mulher como alguém de personalidade com tendências patológicas, “narcisista, possessiva e violenta”.
“Ela isolou o companheiro de seus amigos, de sua família e dos vizinhos, que não o viam há bastante tempo”, disse Desert. As investigações iniciais revelaram que o aposentado foi visto várias vezes no bairro com marcas de violência no corpo.
De acordo com o procurador, a francesa havia declarado inicialmente aos investigadores que seu companheiro teria sido agredido por ladrões. “No fim ela deu uma versão coerente dos fatos e confessou ter matado seu companheiro a socos em novembro de 2008. Desamparada, deixou o corpo na banheira por alguns dias antes de comprar um freezer para guardá-lo”, afirmou Desert, em entrevista coletiva.
O alerta à polícia foi dado pela filha de Guylène Collober que, em estado de embriaguez, teria lhe confessado o crime. Incrédula em um primeiro momento, a filha percebeu que não via Poinard havia quase dois anos. Foi então que decidiu denunciar à mãe às autoridades.
HISTÓRICO – Em entrevista ao “Le Progrès”, o filho único do septuagenário, Jean-Stéphane, que mora nos Estados Unidos desde 2007, afirma que a companheira de seu pai – Jean-François e Guylène viviam juntos desde 2001 – fez tudo para isolá-lo da família e dos amigos.
“Ele trocava de número de telefone o tempo todo e não queria que eu o passasse para ninguém, nem mesmo para minha mãe. Nos últimos tempos, era Collober que atendia quando eu ligava e ela dizia que meu pai ligaria de volta mais tarde”, disse Jean-Stéphane. “Ele nunca telefonou nem respondeu às cartas dos netos”, disse o filho de Poinard.
Informações de portal UOL
FOTO: reprodução / CBC