Mesmo com 60% da população apoio a medida, de acordo com pesquisas, tema ainda é motivo de debate no país. Discussões sobre o assunto devem durar até duas semanas.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
O Parlamento da França iniciou nesta terça-feira, dia 29, os debates sobre o projeto de lei que garante aos homossexuais o direito de se casarem e também de adotarem crianças. A proposta divide a sociedade francesa e vem sendo combatida pela Igreja Católica e por partidos de direita.
A esquerda, majoritária, e a oposição se preparam para um encontro que deve ter a duração de duas semanas. Até o momento, mais de 5,3 mil emendas à proposta já foram apresentadas, grande parte delas realizadas por partidos de direta. De acordo com a polícia local, em janeiro os opositores ao projeto reuniram 340 mil pessoas nas ruas de Paris, já os organizadores da manifestação contabilizam um total de um milhão de pessoas. No último domingo, dia 27, os defensores da proposta se mobilizaram ao realizarem uma passeata que juntou entre 125 mil a 400 mil pessoas na capital francesa a favor da reforma.
A ministra da Justiça, Christiane Taubira, que expõe na Câmara dos Deputados a visão do governo, acredita que a França “não deve discriminar seus cidadãos e todos devem ter os mesmos direitos”.
A questão que mais gerou polêmica no projeto é a chance de casais homossexuais poderem adotar crianças. Uma pesquisa realizada pelo IFOP (em português, Instituto Francês de Opinião Pública) divulgada no último sábado, dia 27, indica que a maioria dos franceses (cerca de 60%, de acordo com diferentes institutos) é favorável ao casamento entre homossexuais.
Informações de BBC
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