Fim da isenção do IPI afasta consumidores, que acabam sendo “reconquistados” com a possibilidade de parcelamento por anos e descontos.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
O financiamento a longo prazo pode ser uma armadilha que pode comprometer o orçamento da família. Com a volta do IPI, a indústria automobilística registrou queda nas vendas. Para conquistar os consumidores, está anunciando liquidações que parecem imperdíveis.
Zero de entrada, desconto de 50% nas 12 primeiras parcelas, parcelamento em 60 vezes… Para atrair os clientes, as montadoras criaram modalidades novas de financiamento e passaram a oferecer alguns descontos. Mesmo assim, o movimento está distante do que foi visto no primeiro semestre do ano, quando a isenção do IPI estava acabando.
Em um feirão, eram vendidos 2,5 mil carros por fim de semana antes do término do incentivo fiscal. Desta vez, foram 2 mil. Com a economia aquecida, as montadoras ainda não têm do que reclamar: as vendas no primeiro semestre do ano foram 9% maiores em relação a 2009.
É preciso fazer as contas
Mas em junho, perderam fôlego: caíram 12% na comparação com o mesmo mês do ano passado. Por isso, as promoções voltaram. As ofertas atraem, mas o consumidor precisa fazer bem as contas. Um dos carros mais baratos do mercado, por exemplo, custava antes do fim da isenção do imposto R$ 22,9 mil. Com a volta do IPI, o preço chegou a R$ 24,5 mil. Hoje, com o desconto da montadora, custa R$ 23.990 mil.
Mas o mesmo veículo, se financiado em 60 vezes, com zero de entrada e desconto de 50% nas 12 primeiras parcelas, sai no final por R$ 38.604,00. Mesmo com essa diferença, o negócio seduz por causa do valor das primeiras parcelas: R$ 357. Lembrando que a prestação dobra no segundo ano.
Informações de AutoEsporte.com
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