Saif al Islam Khadafi foi traído por um guia que tinha sido contratado para ajudá-lo a escapar para o Níger, que ajudou a oposição na sua captura.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
O filho do ex-ditador líbio, Saif al Islam Khadafi, foi traído por um guia contratado para o ajudar a fugir para o Níger. Saif, que é filho de Muammar Khadafi, teria prometido cerca de R$ 2,4 milhões para guia que, por fim, ajudou a capturá-lo junto à oposição.
Al Islam foi capturado neste final de semana e estava sendo procurado pelo Tribunal Penal Internacional – TPI. O plano funcionou da seguinte maneira: Yussef Saleh al-Hotmani contatou combatentes revolucionários no Sul da Líbia, a fim de informar quando o grupo de Saif passaria pela região na noite desta sexta-feira, dia 18.
O grupo era formado por dois carros, mas As Islam estava viajando com o guarda pessoal mais jovem de Khadafi no primeiro carro. “Eu tinha combinado com os combatentes (que capturaram Saif al-Islam) que o melhor lugar para a emboscada seria uma parte do deserto que era rodeada por terrenos altos”, contou Yussef.
Para ele, isso deu certo porque ele fez Saif acreditar que confiava nele. Com isso, dez combatentes de Zintan e cinco combatentes de sua própria tribo estavam à espera de Al Islam. “Quando nós chegamos no local escuro, o tiroteio foi muito preciso, levou apenas cerca de meio minuto para capturar o primeiro carro”, revelou Yussef.
Segundo ele, até a distância entre um carro e outro tinha sido calculada. Por conta disso, Yussef informou ao comboio de Al Islam que era preciso deixar um espaço de 3 km entre os veículos, a fim de dar tempo para os combatentes se reagruparem e se juntarem a ele. “Quando o segundo carro chegou, começamos a atirar para danificar o veículo para que ele não pudesse escapar”, contou o capturador de Al Islam.
Ainda de acordo com Yussef, o filho de Khadafi estava vestido com uma túnica longa e um lenço de cabeça marrom em volta do rosto. Al Islam teria pulado para fora do carro e tentado fugir, mas mesmo assim foi capturado. “Nós o tratamos como um prisioneiro de guerra”, garantiu.
Informações de Folha.com
FOTO: reprodução / EuroNews