Uso de recurso que permitiria confirmar se a bola entrou ou não no gol será discutido em outubro, de acordo com Joseph Blatter, presidente da entidade.
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Ao fim da Copa do Mundo, a FIFA enfim parece ceder à pressão internacional que cresceu durante o torneio a respeito da análise da introdução de recursos de tecnologia para resolução de lances polêmicos de arbitragem.
Nesta segunda-feira, dia 12, o presidente da entidade Joseph Blatter afirmou que debaterá o tema em uma reunião ainda neste ano.
O dirigente suíço afirmou que tratará da inclusão específica do recurso tecnologia de linha de gol em reunião em outubro da International Board, entidade ligada à FIFA que regulamenta as normas técnicas do futebol.
“Reunirei-me com a International Board em Cardiff, no País de Gales, ainda neste mês. A tecnologia para linha de gol não estará na agenda agora, mas vamos oficializar este tema para a agenda da reunião de outubro. O assunto será discutido, sim”, declarou Blatter em coletiva oficial de balanço da Copa na África do Sul.
Tecnologia para outras questões do futebol
A seguir, sobre o mesmo tema, Blatter afirmou que não pretende estender a análise da entrada da tecnologia no futebol para outras questões de jogo, como uso do replay para decidir lances disciplinares. Segundo o dirigente, inicialmente a FIFA se concentrará apenas nos recursos para a linha de gol, para saber se a bola entrou ou não.
Na Copa que acabou no último domingo, 11, entre as diversas polêmicas de arbitragem, o confronto entre Alemanha e Inglaterra nas oitavas de final contou com a mais controversa delas, quando um chute do inglês Frank Lampard passou pela linha de gol (foto), em anotação que acabou ignorada pela arbitragem do uruguaio Jorge Larrionda.
Naquele momento do jogo, nos minutos finais do primeiro tempo, os alemães venciam a partida por 2 a 1. Na etapa complementar, após o erro contra os ingleses, a Alemanha conseguiu ampliar a vantagem para 4 a 1, seguindo adiante no Mundial.
A posição da FIFA representa uma guinada administrativa forçada, já que nos dias que antecederam o Mundial na África do Sul, confrontado sobre o mesmo tema, Blatter havia afirmado que tinha a tecnologia no futebol como um assunto encerrado.
Na oportunidade, o dirigente fez menção ao teste em 2005 com a bola munida de chip que indicava sua posição exata ao trio de arbitragem. O recurso foi colocado à prova no Mundial Sub-17 do Peru. Posteriormente, a tecnologia foi rejeitada pela International Board.
Informações de portal UOL
FOTO: reprodução / AFP